sábado, 20 de outubro de 2012

Uma Avenida Histórica... oi oi oi...


Avenida Brasil
Avenida é o nome que se dá a uma rua de maior relevância em uma cidade, às vezes constituída por duas vias, de forma a permitir grande circulação de veículos. Não necessariamente precisa ser larga ou extensa, sendo que o critério normalmente utilizado para nomear uma via como avenida ou rua é sua importância relativa. Pode ser levado em consideração o fato de esta servir ou não como ponto de ligação entre outras vias e bairros importantes, conectando os serviços da região.
A maior do Brasil é a Avenida Brasil no Rio de Janeiro, com 58 Km de extensão.
João Emanuel Carneiro, constrói sua Avenida Brasil em horário nobre na principal emissora e produtora de teledramaturgia do Brasil. Carneiro apaixonado confesso por Nelson Rodrigues, apresentou aos apaixonados por teledramaturgia, um pouco da prosa realista de Nelson ao criticar a sociedade e suas instituições, sobretudo o casamento.
Em Avenida Brasil, a história, que um dia aconteceu com Lucinda, Nilo, Carmem Lúcia, Max e Santiago, e o público não conhecia, retornava pela mão contrária da mesma avenida, ou seja, estava acontecendo novamente, agora com Carminha, Maxwell, Rita ou Nina, Jorginho e Tufão. A Avenida Brasil da Rede Globo que estreou em 26 de março de 2012 guardava num amontoado de lixo a história podre e fétida dos personagens que habitavam aquele local.
Um talento foi apresentado logo de início Mel Maia que interpretando Rita mostrava em sua construção de personagem com força e determinação, o que depois Débora Falabella com maestria deu continuidade.
“Não me deixe aqui!!! Não Me deixe aqui!!!” – chorou desesperada a pequena Rita ao ser abandonada no lixão, lixão que tinha todos os atributos para servir como uma pedra no sapato da rede Globo, pois qual seria do público, num dos horários de maior ibope, ao ligar a televisão e ter como cenário um amontoado de lixo, será que o público se sensibilizaria com a história de Lucinda e Nilo? Claro que poderia ser um tiro no pé, porém o talento de Vera Holtz e José de Abreu fez daquele cenário um local que guardou até a última semana os porquês do enredo da Avenida.
E tudo veio a tona devido a dor da Vingança de uma criança que torturada pela madrasta e seu amante cresceu amargando em sua memória a perda do pai. A menina que foi depositada no lixão encontrou em Batata o amor, amor que se tornou uma falha trágica para a vingança de nossa heroína.
O que é normal em uma novela? O normal é vermos a mocinha se descabelando para vencer os obstáculos, na Avenida de Carneiro, a mocinha cedeu lugar ao mocinho e foi Jorginho quem chorou, chorou e chorou para até num último momento duvidar que não seria a mãe Lucinda a assassina de seu próprio filho.
Uma frase demonstra o que Nelson Rodrigues representa: “A ficção de Nelson Rodrigues está cheia de coisas atrozes e imorais, é verdade. Mas quem, acreditando em Deus, ousaria classificá-lo de imoral, porque a vida, criação de Deus, está cheia de coisas atrozes e imorais?”
E como na frase João Emanuel Carneiro não poupou o azedumes atrozes e imorais e num último capítulo atípico de novelas o único casamento realizado é de Cadinho com suas três esposas, durante a semana, consolidou o casamento de Suelen e seus dois maridos, já meio batido, mas véu e grinalda, não vimos, talvez porque seja realmente uma instituição falida.
Bom! Orgulho de poder durante 179 capítulos ver os atores, e aqui digo, todo o elenco, desfilar com orgulho o ofício de contar uma história ao público com tanta dedicação. E mais orgulho ainda, é poder assistir nossa conterrânea Vera Holtz num grande momento de sua carreira televisiva.
É! Vamos caminhando e que nossa história seja bem escrita para que não tenhamos a chance de dermos atropelas pela Avenida de nossas Vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário