sábado, 29 de outubro de 2011

60 anos de teledramaturgia!!!

A mãe!!! A mãe é o ser do sexo feminino quer gera uma vida em seu útero como conseqüência da fertilização. A mulher este ano na teledramaturgia tem causado grandes momentos de frieza. A mulher que gera o filho, que recebe o esperma e regorgita para fora o prazer fecundado é capaz das mais travessas tramas.

Gilberto Braga no ano que a teledramaturgia completa 60 anos, faz uma mãe enlouquecer num hospício pelo filho amado, tornando-se chacota de uma popularidade nacional num Insensato Coração. Em meio a Ditadura Militar, a trama de “O Astro” da atualidade, faz a mãe Medeia, enlouquecidamente inverter o alvo, matando o marido, por causa de um louco complexo mal resolvido. Apenas de ser uma forma sessentona, de se fazer história, que afinal foi mal divulgada, pois pouca gente sabe dessa festividade, a história da telenovela que tantos brasileiros insistem em renegar, ou mesmo, menten não gostar, mas que está diariamente em diversos horários emocionando seu telespectador seja numa tela de LCD ou numa TV a cubo.
A Teledramaturgia completa 60 anos! Depois de "SUA VIDA ME PERTENCE" a industria numca mais parou, mudou muito com o tempo, mais isso é parte de um crescimento que a cada trama surpreende.
E a Globo festeja, homenageando Cassiano Gabus Mendes (TI TI TI), Ivani Ribeiro (MULHERES DE AREIA), Janete Clair, saudosos pela criatividade e forma de desenvolver uma trama, Janete com “O ASTRO” em 1977 que focado numa época de repressão apresenta um protagonista típicamente brasileiro da época e no remake expondo os valores antigos, agora é risível, para a liberdade, por que um pomba no tempo de Cristo era o batismo e hoje é uma ave que causa doenças, polemica ao ver Herculano Quintanilha fugindo da polícia, mas vale lembrar que a telenovela empresta fatos da vida real para contar uma história fictícia, já a realidade, os fatos da vida real deve ser expostas no telejornal, deixemos de confundir as coisas, não sejamos o Pádua de 1992, afinal de contas se a teledramaturgia evolui, devemos saber que o que acontece nela, apesar de mexer com nossos sentimentos é apenas uma ficção, por isso SARAMANDAIA, OS MUTANTES, A INDOMADA, VAMP foram para sua época e para a história, a prova de que a ficção é presente neste contexto histórico. E são essas possibilidades teledramaturgicas que fazem a história da novela ser forte ás 18h, ás 19h30, ás 21h e agora as 23 horas, seja na Rede Globo, SBT, Rede Record, ou onde desejar.
Por fim, sexta-feira finalizou O ASTRO novela que em tempos idos foi metafórica para a inteligência atual. Enquanto algumas pessoas não se deixam envolver pelos supostos absurdos de uma telenovela, os noveleiros de plantão se preparam para ver em 2012, outro clássico da história novelistica com GABRIELA e já fico pensando na cena em que a protagonista sobe no telhado para pegar uma pipa e o povo brasileiro com certeza vai criticar alguma situação, talvez a primeira delas será a escalação da personagem que dá o nome da obra de Jorge Amado, mas mesmo assim irão continuar a ver....

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

19 anos de Rogério Vianna no Teatro.

Programa do VII Fetesp - "Aurora da Minha Vida"
Tudo iniciou na EEPSG “Chico Pereira”, ali naquela humilde Escola fui incentivado pelas professoras Cidinha Ortiz, grande mestra na arte de ensinar a ler e a desenvolver história em quadrinhos, histórias que ficavam a disposição na Biblioteca da Escola para que outros alunos pudessem conhecer o trabalho desenvolvido, e, também Mirela Arena que por meio de esquetes e movimentos cênicos me apresentou a arte Dramática, isso ainda no final dos anos 80. Motivado por esses movimentos culturais é que enveredei para o desenvolvimento teatral dentro da igreja realizando apresentações nas festividades do Lava-pés, Nascimento de Cristo entre outras ações que tinham como tema a Bíblia.
"Cantata de Natal 2003"
Foi assim que, em 1992, Rogério Donisete Leite de Almeida ingressou no curso de teatro oferecido pelo Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, ingressou depois de 10 árduos dias de testes que iam da teoria a prática, e mesmo sem talento, como afirmou, naquele momento, Antônio Mendes, conseguiu ser aprovado para ingressar no Setor que acabara de ser formado na Unidade de Ensino mantida pelo governo do estado de São Paulo.
Bombeiro - "A Cantora Careca" 1994
Foi em 1992, mais precisamente há 19 anos, na data de 24 de outubro, que pela primeira vez pisava no palco do Teatro Procópio Ferreira com o espetáculo “Aurora da Minha Vida” de Naum Alves de Sousa. Momento emocionante e inesquecível que acentuou o ofício que desde então está na veia do então Rogério de Almeida.
 São 19 anos! Parece pouco tempo, mas não, nesses 19 anos pude conhecer o teatro, me apaixonar por ele, brigar dele, me separar por algumas vezes da “ingrata” profissão que desejava trilhar.
"O Casamento Suspeitoso" - 1995"
A primeira separação do ofício teria ocorrido em 1995, quando na encenação da “Cantata de Natal” em Sorocaba realizada pelo então Grupo Teatral “Novas Tendências” com a Banda Sinfônica em meio a uma linda queima de fogos encerrava o estudo e me afastara da profissão que em meados de 1996 vinha bater em minha porta.  Reconciliação! E por amor a Arte Dramática deixou de lado o orgulho que o afastara do teatro, para viver o sonho, afinal era amor a primeira vista e, saindo de Tatuí pude loucamente viver um romance aventureiro excursionando por diversas cidades do estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Mas as vezes tanto amor precisa de um tempo, e o tempo era tão sufocante que tive em 1999 deixar novamente de lado o amor para poder construir um vida menos artística e mais financeira, mas o amor é algo que se deixado de lado, nos causa diversas enfermidades e quando deixamos o amor de lado, deixamos na verdade de viver nossa história e logo em menos de 02 meses estava eu novamente entregue ao amor que sentia pela Arte, agora conhecendo um lado mais real de tudo o que antes era apenas um romance de capa e espada.
"Édipo Rei" - 1995/96
Tornei-me por amor a Arte um “burocrático cênico”, a necessidade de estar ao lado do amor da minha vida, me fez mergulhar de cabeça não somente no coração dela, mas como tive que conhecer minuciosamente o que se passa em todo seu organismo, o amor realmente era dominante em minha existência.
Então pude me apaixonar e produzir meios para viver essa paixão, mas a vida pode ser mais insensata do que pensamos, e, quando tudo era um mar de rosas aconteceu o que parecia ser impossível, por tanto me dedicar ao amor, ao meu ofício o estresse quis mostrar a esse personagem que amor é divisão e não somente dedicação. Naquele 2004, sem entender o que era de fato que acontecera senti-me acuado e por burocratizar demais a Arte, novamente a separação teve que ser inevitável.
"Paulo Setúbal Re-Verso" - 2011
"Vereda da Salvação" 2010/11
Abandonei-me a mim e a Arte e resolvi que uma nova vida seria necessária, mas já era tarde, voltei ao ponto de partida tentando encontrar o desvio que me fez conhecer esse amor que mudara minha vida e o encontrei. Ali vi o menino de “Aurora da Minha Vida” se encontrar com o menino de “Nossa Cidade”. Tantas personagens que se aproximaram, se foram e neste dia, 19 anos depois, entendi o amor que me une a Arte Dramática e por ela vou sem Falsa Modéstia resgatar valores perdidos, pois foi assim que depois da última separação pude me compreender Artista. 
"Nossa Cidade" - 2002
"Vendedor de Sonhos" - 1996

"Rosa de Cabriúna" 2009/10/11
"As Maluquices do Imperador" - 2008

sábado, 22 de outubro de 2011

Ajude que Precisa!!! Doe ao Teleton


Com o objetivo de ampliar a quantidade de atendimentos, que até 1998 eram centralizados na unidade de São Paulo, a AACD criou o Teleton, uma maratona televisiva que busca conscientizar a 
população a respeito das possibilidades de um deficiente físico, gerando grande mobilização social.


Além de prestar contas das atividades realizadas pela entidade, é uma das principais ferramentas de captação de recursos da instituição.


Em 2010, o evento arrecadou R$ 23,9 milhões, valor destinado à construção de uma nova unidade da instituição, em Mogi das Cruzes (SP), que deve ser concluída em outubro de 2011. 

A 14ª edição do Teleton será realizada nos dias 21 e 22 de outubro de 2011. Mais uma vez a AACD contará com a parceria do SBT, responsável pela geração e transmissão do evento para todo o país, durante mais de 24 horas, ao vivo.


Você pode doar para o Teleton a qualquer momento. Com a sua contribuição, a instituição poderá manter os atendimentos que já realiza e atender mais de 32 mil pacientes que estão na fila de espera.

Mostre que o amor existe: http://www.aacd.org.br


Como doar:

0500 12345 05 – R$ 5,00
0500 12345 10 – R$ 10,00
0800 774 2011 – para doações acima de R$ 30,00
www.teleton.org.br – doação de qualquer valor acima de R$ 5,00

Seja solidário, talvez assim o mundo amanhã acorde mais AACD!!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Frank Battisti é o nome do Encontro de Maestros e Lideranças de Banda do Programa Coreto Paulista

Acesse o site http://www.coretopaulista.com.br/ e confira a programação completa


FRANK BATTISTI “’O VON KARAJAN’ DAS BANDAS SINFÔNICAS”

(Dr. Henrique Autran Dourado )

Participe deste evento, onde você aprenderá através de ensaios abertos com obras como:

Obra de Abertura de Concerto
• Canzona, Peter Menin

Clássicos da música sinfônica para sopros e percussão
• Symphony for Band (No. 6), Vincent Persichetti
• Suite Francaise, Darius Milhaud

Obra com conotação latino americana
• Vientos y Tangos, Michael Gandolfi

Clássico do repertório sinfônico americano
• Porgy & Bess, George Gershwin

Dias dos Ensaios Abertos
24/Outubro (SEG) – 9h/12h
26/Outubro (QUA) – 9h/12h
27/Outubro (QUI) – 9h/12h

Para todas estas atividades serão oferecidos certificados de participação com as devidas cargas horárias.
Para sua participação você não paga nada, sendo parcial ou total nas atividades, e ainda existe a possibilidade de utilização do alojamento do conservatório, a qual dependerá da analise de seu currículo. Necessitamos somente que faça sua inscrição diretamente no site www.coretopaulista.com.br ,mais informações podem ser dirimidas pelo email artistico@coretopaulista.com.br ou pelo telefone + 55 15 32058443.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Outubro, quando a Capital da Música se torna Capital do Teatro

Quando abrem as portas do Teatro Procópio Ferreira de Tatuí para que o público possa prestigiar os espetáculos do XXIV FETESP muitas sensações são pertinentes, questões que para um apreciador de bons espetáculos do Festival, tradicional no calendário do governo do estado desde 1982, ocorrem como a preocupação estética de um espetáculo direcionado para Estudantes. O festival que iniciou dia 08 e até o dia 12, ou seja, após a realização de 05 dos 08 espetáculos do Festival nada de grandioso tinha acontecido, a teatralidade ainda não havia sido mostrado para a platéia que ansiosamente aguardou durante 05 dias o terceiro sinal e olha que a platéia esteve muitas vezes lotada na disputada sala de espetáculos da Cidade Ternura.  
Cena de HAY, AMOR
Até aquele dia 13 de outubro me lembrei do Festival, tão grandioso nos tempos idos, que tiveram clássicos como “Missa Leiga”, “O Apocalipse ou o Capeta de Caruaru” do Colégio João XXIII ou “Açúcar Amargo”, “Saltimbancos”, “Gota D’Água” do COC Ribeirão Preto, ou mesmo em 2010 que teve o prazer de abrir o festival com “A Casa Verde” do Teatro Escola Célia Helena, e até aquele momento era um festival com pouca representatividade no meio teatral.

Até o momento, já passando do meio do Festival, ainda não pudemos encontrar um espetáculo que pudéssemos chamar: “esse espetáculo é a cara do Fetesp”. Onde se encontra a deficiência em encontrar espetáculos que possam valorizar o festival, ou mesmo, porque será que o Festival não tem as produções de seus tempos idos?! Será devido à descaracterização do Festival que por algum tempo deixou de ser competitivo e que ainda aos 24 anos busca uma identidade no Estado, ou será que as produções teatrais que existem no Estado, e que não são poucas, não se interessam em apresentar seus trabalhos devido o medo de dar à cara a tapa para um júri que nesse Fetesp terá que trabalhar muito para desvendar onde estão os talentos do estado que em Tatuí vem se apresentando? E como essas perguntas me atormentaram, até que no dia 13 “O Horácio” entrou em cena. De uma escola de Teatro de Ribeirão Preto vinha novamente à teatralidade tomar conta do espaço cênico de Tatuí e aí se abriu a porteira veio representando a categoria Teatro na Escola o Colégio Vicentino de São Paulo com “A Trajetória de Dr. Fausto” e transforma o palco frontal em palco ambiental, capaz de jogar o público dentro das questões pertinentes ao Fausto e pra finalizar após o terceiro sinal “Dino, um sonho de menino” encanta a platéia que por diversas vezes chega às lágrimas, mas que não convence o Júri, pois da premiação principal somente levou duas Menções.
Cena de O HORÁCIO
Enfim, acabado o Mistério da Sala de Ensaio, aqui Sala de espetáculos podemos concluir que o XXIV Fetesp atingiu seus objetivos e trouxe para a Capital da Música um pouco do Teatro Popular, Épico, Comercial, Popularesco, Digital, Contemporâneo, Moderno enfim, tudo o que se deve um futuro artista de teatro entender para conquistar seu espaço no meio teatral.

E dada por encerrada a Festa do Teatro segue os grandes vencedores deste XXIV Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo:

Prêmio Especial do Júri
Dino, um Sonho de Menino.
Música
Resgate das Tradições Regionais

Pesquisa de Linguagens
O Horácio

Premiações Oficiais do XXIV FETESP

Melhor Cenário
Indicados:
Grupo Colégio Santo Antônio com o espetáculo “A Trajetória do Dr. Fausto”
Vander Vicentin com o espetáculo “O Bem Amado”
Grupo Tal&Pá com o espetáculo “Sussurros”
Vencedor: Grupo Tal&Pá com o espetáculo “Sussurros”

Melhor Figurino
Indicados:
Grupo Colégio Santo Antônio com o espetáculo “A Trajetória do Dr. Fausto”
O Bem Amado
Grupo Tal&Pá com o espetáculo “Sussurros”
Vencedor: Grupo Colégio Santo Antônio com o espetáculo “A Trajetória do Dr. Fausto”

Melhor Maquiagem
Indicados:
O Bem Amado
Grupo Tal&Pá com o espetáculo “Sussurros”
Vencedor: O Bem Amado

Melhor Sonoplastia
Indicados:
Alexandre Ferreira com o espetáculo “A Trajetória do Dr. Fausto”
Jorge Cisneros com o espetáculo “O Bem Amado”
Soraya de Oliveira com o espetáculo “Sussurros”
Vencedor: O Bem Amado

Melhor Iluminação
Indicados:
Alexandre Ferreira com o espetáculo “A Trajetória do Dr. Fausto”
Matthias Murbach com o espetáculo “O Bem Amado”
Renan freires com o espetáculo “Sussurros”
Vencedor: Alexandre Ferreira com o espetáculo “A Trajetória do Dr. Fausto”

Ator Revelação
Vencedor:
Vinícius Cown (Personagem Odorico Paraguaçú em “O Bem Amado”)

Ator Revelação
Vencedora:
Angélica Valcazarra (personagem Brinquedos em “Sussurros)”.


Melhor Ator
Vencedor:
Eric Campi (personagem Fausto em “A Trajetória do Dr. Fausto”)

Melhor Atriz
Vencedora:
Amanda Quintero (Personagem Margarida em “A Trajetória do Dr. Fausto”)

Melhor Diretor
Indicados:
Alexandre Ferreira - A Trajetória do Dr. Fausto
Matthias Murbach - O Bem Amado
Valéria de Oliveira - Sussurros
Vencedor: Alexandre Ferreira “A Trajetória do Dr. Fausto”

Cena de A TRAJETÓRIA DO DR FAUSTO


Melhor Espetáculo
Indicados:
A Trajetória do Dr. Fausto
O Bem Amado
Sussurros
Vencedor: “A Trajetória do Dr. Fausto”


 

Porque entre Deus e o Diabo está o Homem...

Terceiro Sinal. Sala escura, ausência de luz, grunhidos, respiração aflita, olhares arregalados, perturbação, medo e angustia. É o início do descontentamento de Fausto.

Foto do facebook de Eric Campi



Fausto (questiona-se): Quem sou eu, se não posso alcançar, afinal, a coroa com louros da nossa humanidade, a que todos almejam com tanta ansiedade?


Mefistófeles (provoca) - Não és mais,
meu senhor, do que é: um mortal!
Perucas pode ter, com louros aos milhões.
Alçar-te com teus pés nos mais altos tacões,
serás sempre o que és:
um pobre ser mortal!!




O XXIV Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo, coordenado por Carlos Ribeiro apresentou na sexta-feira o espetáculo “A Trajetória de Dr. Fausto” inspirado em Fausto de Goethe e o Teatro Procópio Ferreira do Conservatório de Tatuí deixou-se levar pelo desejo tenebroso do enamorado de Margarida.

Numa encenação sombria e carregada, a história do protagonista que vende sua alma a Mefistófeles foi correta na concepção. A iluminação era um acréscimo a evocação de Fausto ao negociar seu não envelhecimento ao inimigo da luz.

Os atores, ainda que jovem, sabiam exatamente manipular os signos desenhados pelo diretor Alexandre Ferreira, um pouco de Antunes Filho e outro pouco do teatro desenvolvido por Ricardo Karman da Cia de Teatro do Centro da Terra foi visto brilhantemente no teatro do Conservatório quando os sete pecados apresentam a platéia o que diariamente nós humanos, fazemos para nos igualar a Fausto.

Asmodeus, Belzebu, Mammon, Belphegor, Azazel, Leviatã e Lúcifer se opõem as sete virtudes e durante toda a saga de Fausto o bem e o mal disputam a alma do alquimista e na concepção fabulosa do diretor de Alexandre realizada com cerca de 20 alunos do Colégio Vicentinos de forma extracurricular visa abordar de forma a estimular o estudo da arte e cultura, claramente o objetivo é atingido, visto que o diretor apresenta aos seus alunos Willian Shakespeare (Romeu e Julieta em 2010) e esse ano uma obra inspirado no Clássico de Goethe. Numa iniciativa de realizar apresentações para a comunidade, fico imensamente feliz ao ver um trabalho como esse e o realizado pelas Escolas de nosso estado e a felicidade é mais acentuada quando o trabalho desenvolvido torna-se com qualidade de Teatro Amador.

Enfim, agora sabemos a importância de um Festival Estudantil, como o FETESP, misturar estéticas e acentuar que o teatro e a educação caminham sempre de mãos dadas.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Porque o indigesto às vezes é necessário

Foto divulgação "Cia Teatro de Riscos"
O XXIV Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo apresentou nesta quinta-feira o último espetáculo da modalidade “Escola de Teatro” e a Universidade Barão de Mauá de Ribeirão Preto apresentou “HORÁCIO” de um dos grandes herdeiros que atualiza as propostas de Brechet, que sintetiza as principais correntes do teatro Contemporâneo, questionador da história, da revolução e do homem, Heiner Müller que a primeira vista causa estranheza.

E o palco do Teatro Procópio Ferreira de Tatuí apresentou a concepção de Carlos Canhameiro, diretor do espetáculo, a estranha montagem que utilizava de elementos significativos bem utilizados aos estudantes de teatro que como “jogadores” respeitam a estética de Müller.

Müller em seu jogo estabelece aos atores que não há saídas de cena. “Quem disse o seu texto e jogou o seu Jogo volta para a posição inicial, ou seja, troca de papel... Após cada morte, um dos jogadores deixa cair um pano vermelho”, na montagem de Canhameiro o pano vermelho foi substituído pelo vinho engarrafado que foi jorrado aos litros no palco, causando em uns o entusiasmo pela didática de Müller, em outros a não necessidade de tanta regurgitação com ovos, melancia, frango, farinha e vinho, emporcalhando o palco, e, causando em outros o asco pela ação desenvolvida na encenação, asco que sentimos ao ver nossos semelhantes se matando numa guerra, concepção que pude captar da encenação dos alunos da Universidade Barão de Mauá.

No Jogo de Müller o papel do Horácio após seu assassinato sugere-se sua substituição por um boneco de dimensões imensas, na encenação da “CIA TEATRO DE RISCOS” Horácio é despido, permanecendo nú, depois de Horácio ser o Herói de Roma vencendo a guerra contra Alba e ser o fratricida de sua irmã que diz ser mais apaixonada pelo noivo, morto pelas mãos de seu irmão. No impasse entre as comemorações de sua vitória e o assassinato de sua irmã, Roma dividiu-se entre o herói, onde “sua culpa apaga seu mérito” e o assassino onde seu “seu mérito apaga sua culpa”.

Na didática de Müller seria inconcebível o slogan “rouba, mas faz” e na encenação da Cia de Ribeirão Preto a narrativa não perde a eficácia proposta pelo dramaturgo.

“O estilo do dramaturgo foge a todas as convenções da peça “bem-feita” tradicional, recusando os conhecidos mandamentos do realismo”, e isso estava claríssimo na encenação que esta noite foi apresentada no Teatro do Conservatório de Tatuí e melhor ainda é ver que o estudo de formas e conteúdos desta Unidade de Ensino Superior acentua o radicalismo de Müller ao repudio ao Teatro Digestivo, apesar de gostar de ver particularmente não é a praia que sei surfar ou que anseio.

Estudar teatro é saber respeitar todas as formas de atuação e num Festival de Teatro essa forma indigesta, pode causar questionamentos, mas, quando bem realizada, como foi o caso da Cia, é um acréscimo ao estudante que deve conhecer todas as estéticas existentes na forma de se conceber um espetáculo, mas que tenham ciência, esse é um tipo de espetáculo para determinado público e não é um espetáculo que tem como vocação a formação de público.
As citações acima foram extraídas do livro "O Texto no Teatro" de Sábato Magaldi - série estudos editora Perspectiva

Quando o circo invade o teatro e tudo é apenas ilusão...

Quarta-feira, 12 de outubro, dia em que o Teatro Escola Macunaíma de São Paulo apresenta com a “Cia Escanfrandristas do Absurdo” um grupo que há quatro anos é formada por alunos-atores da Escola traz para o XXIV Festival Estudantil do Teatro do Estado de São Paulo o espetáculo que faz parte da modalidade “Escola de Teatro” chamado “Os Últimos Dias de Solidão de Robinson Crusoé” com direção de Wanderley Marins.

Ao iniciar o espetáculo a proposta de usar a linguagem circense remete um pouco a belíssima obra de Carlos Alberto Sofredini “Vem buscar-me que ainda sou teu”, mas nos primeiros minutos do espetáculo o que me remetia a Sofredini, que tanto admiro, foi extraído com interpretação equivocada e direção poluída com excessos de informações. Quando se utiliza do circo para transmitir a uma linguagem popular e que visa à diversão e o entretenimento dos espectadores causa no público angustia e desespero de arregalar os olhos com tamanha barbaridade, que pode ser vista por quase 400 pessoas que lotaram o Teatro Procópio Ferreira de Tatuí.

Jérôme Savary, autor do espetáculo, de origem argentina se tornou com o passar dos anos um nome no cenário francês se tornando grande democratizador do teatro musical na França, reunindo e misturando ópera, opereta e comédia musical.

O espetáculo que no dia das crianças se apresentou no Procópio Ferreira não é Ópera, nem OPERETA, enfim, podemos classificar como TEATRO MUSICAL, pois combina música, canções, dança e diálogos falados, eu disse combina no que diz respeito: tem elementos, pois nesta combinação feita pela direção do espetáculo nada ali combina tudo é muito poluído, as piadas são forçadas e o enredo mal desenvolvido.

Escola de Teatro!

Estou falando de um grupo de pessoas que almejam no futuro, ingressar na carreira artística e agora o que me preocupa é saber se as Escolas tem condições de possibilitar o desejo de seus alunos ou apenas ludibriam pessoas em busca de seus 15 minutos de...

Não sei!!!

O que sei, é que, muito cuidado ao ir assistir um espetáculo do Festival, pois o que você viu na terça-feira pode ser ruim, mais o que você viu na quarta-feira é pior ainda. 

Espero que o XXIV Fetesp encontre nas próximas apresentações espetáculos que realmente sejam dignos deste Festival que comemora 35 anos das Atividades Cênicas mantidas pelo Conservatório no município de Tatuí.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Carmina Burana é Sucesso no Projeto “Música pela Cura”, da TUCCA

Foi uma emoção impossível de descrever!

Bravo!!!

Bravíssimo!!!

Terça-feira, dia 11/10, me ausentei da apresentação do XXIV Fetesp para ir até a São Paulo produzindo a obra CARMINA BURANA que teve mais 220 artistas envolvidos. Entre os artistas envolvidos estavam os músicos da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e os integrantes do Coro Infantil e Sinfônico do Conservatório de Tatuí, o Coro Madrigal Vivace, além de mais de 30 cantores convidados para essa produção que tinha a regência do maestro João Maurício Galindo, e os solistas Adélia Issa, Helder Savir e Sebastião Teixeira.

Com ingressos esgotados com um dia de antecedência, o projeto “Música pela Cura”, da TUCCA – Associação de Crianças e Adolescentes com Câncer teve a felicidade de contar com a locação máxima da Sala São Paulo. Às vezes pensamos que quando uma pessoa adquiriu um ingresso beneficente, como era o caso da Ópera Carmina Burana, ela apenas está realizando uma ação social, porém às 21h quando foi tocado a trombeta que indicava o terceiro sinal do espetáculo, pude notar que além da ação social, a pessoa que adquiriu o ingresso aproveitou para participar também de uma ação cultural, digo isso devido ao número de público presente que ao final do espetáculo emocionou tanto publico como os artistas e produção presente naquela sala de espetáculos tão luxuosa da capital paulista.

Enfim, realizar uma produção como foi a Ópera Carmina Burana é ficar emudecido aos adjetivos de qualidade que podem expressar uma ação sócio/cultural como foi essa a que realizamos no dia 11 de outubro de 2011.

Parabéns a TUCCA, ao Conservatório de Tatuí, e a todos que direta e indiretamente realizaram esse grande momento "Para um futuro mais feliz, onde somos todos instrumentos".

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Conservatório de Tatuí comemora 35 anos do movimento teatral na cidade

Festival Estudantil de Teatro receberá exposição histórica sobre o Curso de Artes Cênicas e terá encontro com Moisés Miastkwosky

O movimento teatral iniciado por Moisés Miastkwosky, que culminou no curso de Artes Cênicas do Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, uma instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, completa 35 anos em 2011. Para comemorar a data, o 24º Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo (Fetesp) contará com dois eventos especiais: uma exposição de fotos e o encontro com o “criador” Miastkwosky, no dia 12 de outubro, às 17h, na sala 9 do setor de Artes Cênicas, com entrada franca.

O Fetesp, que neste ano acontece de 8 a 16 de outubro, é o evento estudantil mais antigo de artes cênicas paulista: surgiu em 1977, com o Festival Estudantil de Teatro do município de Tatuí. O evento detonou um grande movimento na cidade, por meio das escolas e do recém-criado Curso de Teatro do Conservatório de Tatuí. “Sinto-me honrado pela lembrança, pois não existe coisa mais triste do que a falta de reconhecimento. Mas, felizmente, isto não acontece: Tatuí e o Conservatório não me esquecem nunca! Quando passo por aqui, sempre sou cercado por muito carinho e respeito de todos e reconhecimento pelo que criei com ajuda desse povo das artes”, alegrou-se Miastkwosky.

Atualmente, o curso de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí já formou mais de 7 mil alunos e realizou mais de 200 montagens de espetáculos. As aulas oferecidas gratuitamente figuram entre as mais prestigiadas do País, tanto que o Sated, sindicato da categoria, abre uma exceção: alunos do Conservatório obtêm o registro provisório antes mesmo de concluir o curso. Outro sucesso do Setor de Artes Cênicas é o Fetesp, envolvendo escolas de teatro de todo o Estado de São Paulo.

Um dos principais frutos do Conservatório de Tatuí é o ator João Baldasserine, que atuou no papel principal em “Linha de Passe”, de Walter Salles. O filme foi sucesso de público e crítica (premiado em Cannes). Hoje, ele trabalha ao lado da atriz Regina Duarte, interpretando o cabeleireiro Henri, na novela “O Astro”, da Rede Globo. “Em Tatuí eu praticava teatro todos os dias, praticamente não saía de dentro do Conservatório. Eu fazia oficina de manhã e à tarde. À noite, era aula de montagem. Uma overdose de teatro, o que foi ótima. É um sentimento bastante nostálgico quando me lembro do curso”, afirmou Baldasserine.

Segundo Miastkwosky, muitos dos formados no curso de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí ainda serão descobertos e atuarão ao lado dos principais nomes do teatro, telenovela e cinema brasileiro. “Sobre o João na TV Globo, fico muito feliz que ele esteja se projetando. De fato é um ator de muita qualidade, trabalhou comigo em São Paulo em ‘Bodas de Sangue’ e ‘Senhora dos Afogados’. Além do João, existe uma tropa de atores formados pelo Conservatório, todos com qualidade e respeito, pois são sérios e dedicados à arte teatral. Creio que muitos ainda surgirão pelos palcos desses Brasis”, afirmou.

História

O curso de artes cênicas foi implantado em 1976, sob coordenação de Miastkwosky, contratado para iniciar um movimento cênico. O diretor, à época José Coelho de Almeida, a partir de contatos com pessoas como Armando Oliveira Lima - então presidente da Federação de Teatro de Sorocaba -, convidou Miastkwosky, na época com 23 anos, ator que acabara de chegar de uma turnê em Israel. Os cursos atraíram uma avalanche de alunos, pois eram inéditos na região. Logo no início, mais de cem pessoas integraram as aulas que seguiam nos períodos da manhã, tarde e noite.

“Eu me sentia o verdadeiro pastor, pois recebi gente da cidade e do entorno. Montávamos vários espetáculos teatrais, sempre lotando o teatro. Na verdade, acho que o grande chamariz foi a enorme vontade de todos de acertar, acrescida de algo que está no sangue do tatuiano: a arte. O tatuiano já nasce num celeiro de cultura. Acho que esse ambiente artístico colaborou muito para em pouco tempo estarmos formando atores e técnicos para o teatro”, explicou Miastkwosky.

A primeira produção do setor de artes cênicas foi “Antígona”, de Sófocles, em 1976. Foram necessárias três sessões para garantir acesso de um público interminável. Depois, a montagem seguiu em turnê pelo interior do Estado. Para garantir que todos os interessados em teatro e alunos do curso mostrassem o resultado das aulas práticas no palco, surgiu, no ano seguinte, o Festival Municipal de Teatro, também com números impressionantes. Eram quase 15 espetáculos, todos de Tatuí, vindos de escolas de ensino regular até grupos de inglês e enfermagem.

De acordo com Miastkwosky, o começo do curso foi bastante tímido, com aproximadamente 20 pessoas. No entanto, a ousadia em encenar “Antígona” resultou num espetáculo “mágico, surpreendente e de grande qualidade”. “Toda equipe que abraçou o projeto com vontade e destreza confiaram plenamente no cara que caiu de pára-quedas em Tatuí e, com apoio do diretor do Conservatório, iniciamos um importante movimento teatral que chegou onde está. Fui para Tatuí para ficar três meses e permaneci por 15 anos, acabando por dedicar boa parte da minha vida a um ideal”, relembra.

Setor de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí

O drama “Antígona”, de Sófocles, abriu as portas para um sem fim de opções. Depois de 14 anos de difusão, o curso de artes cênicas passou a adquirir características de formação, com períodos de aprendizado mais longos e mais disciplinas aliadas à prática em palco. Da primeira safra de Miastkwosky vieram Antonio Mendes (que dirigiu o setor até o ano de 2007) e Carlos Ribeiro (atual coordenador da área). Ambos participaram do espetáculo “A Ironia do Riso”.

Mendes e Ribeiro iniciaram parceria que resultou não somente na sequencia do Festival Estudantil de Teatro, mas, também, na criação do Grupo Teatral Novas Tendências, fundado em 1986. “Em 1992, colocamos um projeto em prática para um novo curso. Recebemos 500 candidatos logo de cara. Lembro-me que as produções foram aumentando gradativamente e fomos nos aperfeiçoando”, conta Ribeiro. Em 35 anos de existência, espetáculos produzidos a partir do Conservatório de Tatuí somam mais de 50 prêmios em importantes festivais nacionais.

Atualmente, o Conservatório de Tatuí oferece os cursos de teatro juvenil, teatro adulto, aperfeiçoamento, curso de cenografia, figurino, iluminação, maquiagem e de teatro para educadores, além de oficinas de técnicas de teatro de rua, direção e construção de personagem.

Fetesp

O Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo deste ano contará com nove espetáculos encenados por escolas públicas ou particulares e universidades, uma novidade para este ano. Além disso, o festival voltou a ter caráter competitivo. No Teatro Procópio Ferreira, sempre às 20h30, do dia 8 a 16 de outubro, serão apresentadas as principais peças do festival: “Memórias de Um Sargento de Milícias”, “Sussurros”, “Hay Amor!”, “O Bem Amado”, “Os Últimos Dias de Solidão de Robinson Crusoé”, “O Horácio”, “A Tragédia do Dr. Fausto”, “Dino – O Sonho de Um Menino” e “Mistérios na Sala de Ensaio”. A programação completa está no site www.conservatoriodetatui.org.br.

"O Fetesp, assim como os demais festivais estudantis de teatro, é uma importante ferramenta para veiculação de trabalhos cênicos vinculados a processos de formação, sejam eles específicos em artes cênicas, como complementares nos currículos de formação fundamental, média ou superior", analisa o coordenador do festival e do Curso de Artes Cênicas, Carlos Ribeiro.

Oficializado pelo decreto 18.434, de 15 de fevereiro de 1982, o festival integra o calendário oficial de atividades culturais realizadas pelo Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria da Cultura. Em 1992, o festival passou a ser coordenado por Antonio Mendes (1958-2008) e, ao longo dos anos 1990 e 2000, o evento firmou-se como instrumento para o estímulo e veiculação de trabalhos teatrais vinculados a processos pedagógicos de formação fundamental, média, técnica e profissionalizante. Desde 2008, o Fetesp é coordenado por Carlos Ribeiro e, em 2009 e 2010, foi realizado exclusivamente como mostra educacional, sem caráter competitivo.

Serviço
Encontro com Moisés Miastkwosky
Dia 12 de outubro, às 17h
Setor de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí (Rua Cel. Aureliano de Camargo, 550 - 1º andar)
Entrada Franca

Informação à imprensa
Kaio Monteiro – comunica@conservatoriodetatui.org.br / (15) 3205 8464

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O amor como tema de uma forma popularesca de se fazer teatro


Foto divulgação d"OS GERALDOS"
A Festa do Teatro tatuiano está belíssima. Pra quem chega ao Teatro Procópio Ferreira pode prestigiar já na entrada do teatro uma rica exposição fotográfica montada por Kazuo Watanabe com o acervo que o Conservatório produziu nestes 35 anos de Artes Cênicas. 

Nesta segunda-feira, 10 de outubro o espetáculo apresentado faz parte da categoria “Escola de Teatro” e a Universidade Estadual de Campinas traz ao Festival o espetáculo “Hay Amor” de autoria de Verônica Fabrini e Os Geraldo.

“Dos rituais primitivos e religiosos dos quais estava envolta a antiga Grécia, surgiu a aventura efêmera que atravessaria os séculos: o Teatro. Organizado e formalizado pelos gregos para o espaço cênico, o teatro é até hoje, essencialmente, a arte que trata sobre o homem e a mulher e suas relações com o mundo e todos os acontecimentos que os cercam.”

“Hay Amor” escrito na atualidade, onde o artista passa por dificuldades de produzir um espetáculo que caia no agrado do público, Os Geraldos fazem do relacionamento de amor uma produção popularesca, que possa levar uma platéia se abalar de sua casa para prestigiar um espetáculo teatral.

E como o popularesco cativa a trilha sonora do espetáculo “Hay Amor” é um dos pontos cativantes, depois o que envolve a platéia são as projeções, o teatro da era digital.

No palco, atores e projeções contracenam acrescentando mais encantamento a cena e as projeções acabam por sendo mais envolventes do que os próprios atores, enfim, mesmo no teatro digital as projeções devem dialogar com os atores e não ofusca-los, como acontece em algumas cenas do espetáculo. 

Quando se acrescenta elementos como é o caso da Projeção, que é o cenário do espetáculo, ele deve despertar os sentimentos e sensações que os atores carregam no momento e nem sempre o recurso sofisticado auxiliava.

Na montagem de atuação simples e modesta, sem grandes revelações e com tantos recortes, a tesourada quem leva é o público que ri do besteirol e das crescentes pieguices e breguices que faz o amor, isso é um modelo do Popularesco, do qual se faz necessário para formação de público. 

Se Os Geraldos surgem entre a erudição da pesquisa acadêmica e a simplicidade poética do teatro popular, que venha mais produção que divirta o público, mesmo que alguns achem que essa forma seja menor, afinal de contas o teatro só existe quando a tríade realiza e se realizou... Viva o Teatro!!!!

"Sussuros" abre a categoria de Teatro na Escola do XXIV Fetesp

Foto dibulgação Cia de Teatro Tal&Pá
O XXIV Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo apresentou no domingo, 09, a primeira concorrente da categoria “Teatro na Escola” onde o objetivo visa fomentar o interesse do aluno regular das Redes de Ensino na pratica do fazer teatral, possibilitando o conhecimento pelas Artes Cênicas e até mesmo despertando a futuras vocações.

Essa é a categoria que merece maior Respeito, pois fomenta a produção artística no meio estudantil. O espetáculo apresentado foi “Sussuros” da veterana do Fetesp: a Escola Estadual Professora Maria Augusta de Ávila, que já algum tempo vem trazendo o trabalho de seus alunos ao Festival.

O espetáculo sob direção de Valéria de Oliveira, merece os sinceros aplausos por incentivar o estudo do teatro e em “Sussuros” pela brilhante concepção em levar poesia para a linguagem teatral. Significativo e numa forma teatral o protagonista caracteriza-se com o lenço vermelho na cabeça e esse protagonista é sempre interpretado por um aluno/ator e ao final percebemos que todos que ali estão tem as mesmas angustias do jovem que em um porão repassa sua vida.

Num cenário singelo e de utilidade teatral adequado para a montagem o que fica a desejar é o trabalho dos atores que ainda jovens não tem maturidade para representar o sofrimento enfrentado pelo personagem.

João Cabral de Melo Neto em sua “Morte e Vida Severina” apresenta um poema narrativo com gênero dramático. Valéria utiliza deste mesmo recurso para “Sussurros” e brilhantemente faz com que seus 29 alunos/atores apresentem sua concepção, mas como platéia, vendo o potencial do texto, sinto que o espetáculo não acontece, existe, mas não age diretamente na platéia.
O trabalho teatral em uma Unidade Escolar é difícil, a maioria não tem desejo pela prática teatral em sua grade curricular e quando nos deparamos com o trabalho da EE “Profª Maria Augusta de Ávila” vemos que o objetivo do Fetesp está consolidado. Parabéns a Escola que incentiva o trabalho teatral e a todos que de forma direta ou indiretamente desenvolve o trabalho.

Para quem desejar assistir aos demais espetáculos do Festival a bilheteria do Teatro abre sempre às 18h e o ingresso é 01 Kg de alimento não perecível (exceto sal).

Dia 10/10 - Unicamp – Departamento de Artes Cênicas
Escola de Teatro
Espetáculo: Hay Amor!
Autores: Verônica Fabrini e Os Geraldos
Cia: Os Geraldos

Dia 11/10 - Aitiara Escola Waldorf de Educação Infantil, Fundamental e Médio
Teatro na Escola
Espetáculo: “O Bem Amado”
Autor: Dias Gomes

Dia 12/10 - Escola Macunaíma
Escola de Teatro
Espetáculo: “Os Últimos Dias de Solidão de Robinson Crusoé”
Autor: Jerome Savary
Cia: Escafandristas do Absurdo

Dia 13/10 - Centro Universitário Barão de Mauá (Unidade Irajá)
Escola de Teatro
Espetáculo: “O Horácio”
Autor: Heiner Müller
Tradução: Ingrid Koudela
Cia: Teatro de Riscos

Dia 14/10 - Colégio Santo Antonio de Lisboa (Colégios Vicentinos)
Teatro na Escola
Espetáculo: “A Trajetória do Dr. Fausto”
Autor: Alexandre Ferreira

Dia 15/10 - E.E. Prof. Maria Angela Batista Dias
Teatro na Escola
Espetáculo: “Dino – O Sonho de um Menino”
Autor: Reginaldo Galhardo

Dia 16/10 – Setor de Artes Cênicas e Cia de Teatro do Conservatório de Tatuí
Escola de Teatro - Espetáculo Convidado
Espetáculo: “Mistério na Sala de Ensaio”
Autor: Sérgio Roveri
Direção: Carlos Ribeiro