segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O amor como tema de uma forma popularesca de se fazer teatro


Foto divulgação d"OS GERALDOS"
A Festa do Teatro tatuiano está belíssima. Pra quem chega ao Teatro Procópio Ferreira pode prestigiar já na entrada do teatro uma rica exposição fotográfica montada por Kazuo Watanabe com o acervo que o Conservatório produziu nestes 35 anos de Artes Cênicas. 

Nesta segunda-feira, 10 de outubro o espetáculo apresentado faz parte da categoria “Escola de Teatro” e a Universidade Estadual de Campinas traz ao Festival o espetáculo “Hay Amor” de autoria de Verônica Fabrini e Os Geraldo.

“Dos rituais primitivos e religiosos dos quais estava envolta a antiga Grécia, surgiu a aventura efêmera que atravessaria os séculos: o Teatro. Organizado e formalizado pelos gregos para o espaço cênico, o teatro é até hoje, essencialmente, a arte que trata sobre o homem e a mulher e suas relações com o mundo e todos os acontecimentos que os cercam.”

“Hay Amor” escrito na atualidade, onde o artista passa por dificuldades de produzir um espetáculo que caia no agrado do público, Os Geraldos fazem do relacionamento de amor uma produção popularesca, que possa levar uma platéia se abalar de sua casa para prestigiar um espetáculo teatral.

E como o popularesco cativa a trilha sonora do espetáculo “Hay Amor” é um dos pontos cativantes, depois o que envolve a platéia são as projeções, o teatro da era digital.

No palco, atores e projeções contracenam acrescentando mais encantamento a cena e as projeções acabam por sendo mais envolventes do que os próprios atores, enfim, mesmo no teatro digital as projeções devem dialogar com os atores e não ofusca-los, como acontece em algumas cenas do espetáculo. 

Quando se acrescenta elementos como é o caso da Projeção, que é o cenário do espetáculo, ele deve despertar os sentimentos e sensações que os atores carregam no momento e nem sempre o recurso sofisticado auxiliava.

Na montagem de atuação simples e modesta, sem grandes revelações e com tantos recortes, a tesourada quem leva é o público que ri do besteirol e das crescentes pieguices e breguices que faz o amor, isso é um modelo do Popularesco, do qual se faz necessário para formação de público. 

Se Os Geraldos surgem entre a erudição da pesquisa acadêmica e a simplicidade poética do teatro popular, que venha mais produção que divirta o público, mesmo que alguns achem que essa forma seja menor, afinal de contas o teatro só existe quando a tríade realiza e se realizou... Viva o Teatro!!!!

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