segunda-feira, 24 de outubro de 2011

19 anos de Rogério Vianna no Teatro.

Programa do VII Fetesp - "Aurora da Minha Vida"
Tudo iniciou na EEPSG “Chico Pereira”, ali naquela humilde Escola fui incentivado pelas professoras Cidinha Ortiz, grande mestra na arte de ensinar a ler e a desenvolver história em quadrinhos, histórias que ficavam a disposição na Biblioteca da Escola para que outros alunos pudessem conhecer o trabalho desenvolvido, e, também Mirela Arena que por meio de esquetes e movimentos cênicos me apresentou a arte Dramática, isso ainda no final dos anos 80. Motivado por esses movimentos culturais é que enveredei para o desenvolvimento teatral dentro da igreja realizando apresentações nas festividades do Lava-pés, Nascimento de Cristo entre outras ações que tinham como tema a Bíblia.
"Cantata de Natal 2003"
Foi assim que, em 1992, Rogério Donisete Leite de Almeida ingressou no curso de teatro oferecido pelo Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, ingressou depois de 10 árduos dias de testes que iam da teoria a prática, e mesmo sem talento, como afirmou, naquele momento, Antônio Mendes, conseguiu ser aprovado para ingressar no Setor que acabara de ser formado na Unidade de Ensino mantida pelo governo do estado de São Paulo.
Bombeiro - "A Cantora Careca" 1994
Foi em 1992, mais precisamente há 19 anos, na data de 24 de outubro, que pela primeira vez pisava no palco do Teatro Procópio Ferreira com o espetáculo “Aurora da Minha Vida” de Naum Alves de Sousa. Momento emocionante e inesquecível que acentuou o ofício que desde então está na veia do então Rogério de Almeida.
 São 19 anos! Parece pouco tempo, mas não, nesses 19 anos pude conhecer o teatro, me apaixonar por ele, brigar dele, me separar por algumas vezes da “ingrata” profissão que desejava trilhar.
"O Casamento Suspeitoso" - 1995"
A primeira separação do ofício teria ocorrido em 1995, quando na encenação da “Cantata de Natal” em Sorocaba realizada pelo então Grupo Teatral “Novas Tendências” com a Banda Sinfônica em meio a uma linda queima de fogos encerrava o estudo e me afastara da profissão que em meados de 1996 vinha bater em minha porta.  Reconciliação! E por amor a Arte Dramática deixou de lado o orgulho que o afastara do teatro, para viver o sonho, afinal era amor a primeira vista e, saindo de Tatuí pude loucamente viver um romance aventureiro excursionando por diversas cidades do estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Mas as vezes tanto amor precisa de um tempo, e o tempo era tão sufocante que tive em 1999 deixar novamente de lado o amor para poder construir um vida menos artística e mais financeira, mas o amor é algo que se deixado de lado, nos causa diversas enfermidades e quando deixamos o amor de lado, deixamos na verdade de viver nossa história e logo em menos de 02 meses estava eu novamente entregue ao amor que sentia pela Arte, agora conhecendo um lado mais real de tudo o que antes era apenas um romance de capa e espada.
"Édipo Rei" - 1995/96
Tornei-me por amor a Arte um “burocrático cênico”, a necessidade de estar ao lado do amor da minha vida, me fez mergulhar de cabeça não somente no coração dela, mas como tive que conhecer minuciosamente o que se passa em todo seu organismo, o amor realmente era dominante em minha existência.
Então pude me apaixonar e produzir meios para viver essa paixão, mas a vida pode ser mais insensata do que pensamos, e, quando tudo era um mar de rosas aconteceu o que parecia ser impossível, por tanto me dedicar ao amor, ao meu ofício o estresse quis mostrar a esse personagem que amor é divisão e não somente dedicação. Naquele 2004, sem entender o que era de fato que acontecera senti-me acuado e por burocratizar demais a Arte, novamente a separação teve que ser inevitável.
"Paulo Setúbal Re-Verso" - 2011
"Vereda da Salvação" 2010/11
Abandonei-me a mim e a Arte e resolvi que uma nova vida seria necessária, mas já era tarde, voltei ao ponto de partida tentando encontrar o desvio que me fez conhecer esse amor que mudara minha vida e o encontrei. Ali vi o menino de “Aurora da Minha Vida” se encontrar com o menino de “Nossa Cidade”. Tantas personagens que se aproximaram, se foram e neste dia, 19 anos depois, entendi o amor que me une a Arte Dramática e por ela vou sem Falsa Modéstia resgatar valores perdidos, pois foi assim que depois da última separação pude me compreender Artista. 
"Nossa Cidade" - 2002
"Vendedor de Sonhos" - 1996

"Rosa de Cabriúna" 2009/10/11
"As Maluquices do Imperador" - 2008

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