quarta-feira, 25 de abril de 2012

Definida a Programação do DIA MUNICIPAL DA LITERATURA TATUIANA

4 de maio de 2012
1º Ano das Comemorações ao
Dia Municipal da Literatura Tatuiana.
 
Quando valorizamos a Literatura temos a oportunidade de criar novos escritores, ou mesmo incentivar os atuais escritores a serem, no futuro, personalidades como Paulo Setúbal, Chiquinha Rodrigues que explodiram o cenário tatuiano se tornando grandes nomes de nossa terra para todo o Brasil.
Ao incentivar uma Ação Cultural dessa grandiosidade oferecemos a oportunidade de aproximar o público ao hábito da leitura.
Toda a programação é gratuita, e incluem espetáculos de teatro, contação de Histórias, Sarau e Exposição focando as personalidades que deram origem a criação do “Dia Municipal da Literatura Tatuiana”.
O principal objetivo do Dia Municipal da Literatura é manter acesa a chama literária dos escritores de nossa terra, além de celebrar o prazer de ler!

PROGRAMAÇÃO GRATUITA NO MUSEU PAULO SETÚBAL
Dia 04 de maio (sexta-feira)
10h00 -           Abertura oficial
                       Exposição Literária de Chiquinha Rodrigues e Paulo Setúbal.
10h30 -           Contadores de História
14h30 -           Apresentação de Dança e Teatro com alunos da APAE
15h30 -           Contadores de História
19h00 -           Estréia do espetáculo teatral
                       "Chiquinha Rodrigues. Re Verso – A Emérita Professora"
19h30 –          Sarau Literário
20h30 -           Apresentação do espetáculo teatral 
                       “Paulo Setúbal. Re-Verso”

Dia 05 de maio (sábado)
10h30 -           Apresentação do espetáculo teatral
                       "Chiquinha Rodrigues. Re Verso – A Emérita Professora"

INSPIRE-SE!!!! 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Falsa Modéstia prepara CHIQUINHA RODRIGUES. Re-Verso para o dia 04 de maio


Dia em que recebe título de Educadora Emérita
Foto arquivo da Assembleia Legislativa SP

O Núcleo Experimental Cênico “Falsa Modéstia” de Tatuí, estréia dia 04 de Maio Chiquinha Rodrigues. Re.Verso. A Emérita Professora. O espetáculo narra a história de vida de Francisca Pereira Rodrigues que nasceu em Tatuí em 4/05/1896.

O Grupo "Falsa Modéstia", contará um pouco da trajetória de vida de Chiquinha Rodrigues que filha do professor Adauto Pereira encontrou na figura do pai o exemplo para escrever sua história na Alfabetização de nosso Brasil.

Casada com Adolfo Rodrigues e mãe de cinco filhos, foi Dona Chiquinha Rodrigues criadora da Bandeira Paulista de Alfabetização: fundou a Sociedade Luiz Pereira Barreto. Além de professora Emérita, dona Chiquinha Rodrigues foi deputada estadual por duas vezes e prefeita de Tatuí. Faleceu em São Paulo em 1966.

Parte dessa imensa trajetória de vida será mostrada por Fernanda Xavier (Chiquinha Rodrigues), Alba Mariela (Dona Mariquinha, a mãe), Pedro Couto (Adauto Pereira, o pai) e Rogério Vianna (Adolfo Rodrigues). O espetáculo é Produzido por Donny Barros, Fernanda Xavier, Leonardo Carvalho e Pedro Couto e a Coordenação de Produção é de Rogério Vianna e Execução do Núcleo "Falsa Modéstia".

O Núcleo
Este é o segundo espetáculo do Núcleo que foca na vida de personalidades tatuianas que se destacaram, não somente na “Cidade Ternura”, mas, que engrandeceram nossa “Terra do Doce Caseiro” no cenário que foi além, do espaço limítrofe de Tatuí.

O primeiro espetáculo nesse formato estreou em 2007, Paulo Setúbal. Re-Verso. Mas foi em 2011, que o espetáculo ganhou o carisma da população de tatuiana e de municípios vizinhos, quando na Semana Paulo Setúbal, ocupou a sala de vídeos do Museu de Tatuí levando para a casa do ilustre filho de Tatuí, centenas de pessoa que puderam ter um contato diferente da vida e da obra desse autor que teve obras traduzidas em diversas línguas estrangeiras.

Agora, com Chiquinha Rodrigues. Re-Verso. A Emérita Professora, o Núcleo pretende se firmar como o grupo de Teatro que valoriza não somente a Cultura Tatuiana, mas os Filhos de grandes méritos desta Cidade Ternura.

Para o futuro o Núcleo seguindo a linha RE-VERSO, transportará para a linguagem teatral as vidas dos ilustres: Chico Pereira, Adauto Pereira, Carolina Ribeiro, entre outros nomes que ainda estamos pesquisando. O objetivo do Núcleo é criar primeiramente 10 espetáculos RE-VERSO, para publicar as histórias para que as Escolas possam futuramente trabalhar com seus alunos.



Abaixo segue texto de abertura do espetáculo, extraído do livro "Confidência de Suzana de Chiquinha Rodrigues"

Sabe o que é que tinha por aqui, em antes? Tinha mato, muito mato, muito morro, mais mato ainda e muita curva de rio... Diziam os velhos moradores daqui, que beirando1645 pensaram os habitantes do povoado, em fundar uma vila. Um ribeirão, que por estas bandas corria não se impressionou com o plano daqueles homens. Continuou levando as águas para frente, certo de um dia alcançar o mar. Carece de poesia, né?

Então tome: Olhe o fiozinho de água que é o Manduca, desde a primeira gotinha dele, lá no Valinho, atrás da fábrica de farinha dos Proença. a vontade é uma só: VER O MAR! Todo córguinho sonha em ver o MAR! O pai das águas todas. Do mar é que se levantam as nuvens que vem chover na cabeça dos morros, aí os morros se espremem e alimentam as nascentes... que formam córregos... que formam ribeirões... depois rios.... que vão rolando juntos suas águas para chegar no mar. E oi, que o tempo de que aqui falo, nem o Maduca Guedé se lembra, nem o Manduca existia. Os montes da vizinhança que se cansaram antes de chegar ao céu, é que ficaram parados, vendo em que daria o capricho daquele punhado e gente. Não perderam tempo. Assistiram a fundação da vila. Frades carmelitas, tomados de devoção, trouxeram uma santa pra formar a paróquia. Animava os jesuítas do pensamento divino de formar aqui uma nova cidade, coberta pelo manto da Virgem, sob a bandeira da cruz. E a Senhora Chegou, Os velhos moradores, que não presenciaram a festa, reinventaram a história, contando... a mágoa de todos um dia quando a santa ficou em cacos numa queda do altar. Um leigo em coisas de imagens, embora prático em reza e devoção, tomou a si a tarefa de refazer a virgem. Maria foi recomposta com arte e jeito em pouco tempo. Se a santa imagem tem pelo corpo trincas ou rachas, o seu poder não se discute. Completo está. Em seu querer se animam bênçãos e mil perdões. Assim se conta a história dela e eu não discuto um dia sequer. Dona Chiquinha Rodrigues conheceu a santa velha no seu altar. Confidente de culpas e de gozos, ela, que naturalmente foi parte de todas as alegrias do seu povo, nunca recriminou ninguém. É sempre a mesma divina e boa Nossa Senhora da Conceição.

"Confidências de Suzana" de Chiquinha Rodrigues - São Paulo, 1939