terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Enchente de dor

foto do blog: http://madamshadow.blogspot.com
Pra onde ir...
Se a ponte que liga nossos caminhos
Foram arrastadas com a enchente
... com o preconceito desta gente.

Estou ilhado
No desespero angustiante das lágrimas,
Das águas que não cessam em cair
De me fazer sofrer... me fazer morrer.

Estou desabrigado
Não habito meu ser em mim mesmo
Você desabou um morro em meu ser
Devastou minha vida... meu viver

Quisera dar um tempo
Mas tempo de chuva afasta sol do meu viver
Não me permite a lua amar
Cega olhos que caminhos não deseja andar.

Pra onde ir...
Se estou em todos os lugares onde você não está
Onde o mar secou... e a vida...
Esta por fim acabou.

Estou sendo controlado pelo desejo de um dia
Como no sonho desta noite
Estar ao teu lado para todo sempre...
Depois que a chuva passar.

Escrito em 10 de janeiro de 2000

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Estradas do Caminhar

Sigo por estas estradas
A fim de encontrar Teu ser perdido
Por algum acostamento
E no percurso do caminho
Encontro florestas desmatadas,
Plantações perdidas
E nem sequer um vestígio
De onde você possa,
Nesse momento estar.

Sigo por meu destino
Olhando as faces de todos os seres
Para talvez conseguir ao menos
Confundir neles um olhar,
Um sorriso ou um toque que somente você sabe dar.

Sigo o percurso da vida
Com olhos d’água e flores murchas
Mas com a esperança intacta
De estar trilhando o caminho
Onde, ao final, você estará me esperando.

Sigo a vontade de encontrá-lo
Em algum canto e amá-lo
E assim me esquecer do tempo perdido
E contemplando o momento atual

Sigo você, sem saber que caminho faz
Sem saber se é Anjo ou Homem
Sem saber se ainda me deseja,
Sem saber se vou reconhecê-lo

No mais vivo...
Vivo a te seguir.

(Ubatuba – 04 de janeiro de 2000)

domingo, 29 de janeiro de 2012

Se entregou ao suor daquele corpo

Se entregou ao suor daquele corpo, como um garoto de programa que se entrega ao prazer do dinheiro. Virou-se a direita e cruzou olhos esverdeados com a claridade daquele olho claro, igual a uma pedra preciosa. Abraçou rapidamente o corpo de Adônis em memória que sentia naqueles lábios carnudos. Pecado. Pecado! Pecador!!! Sentiu-se um pecador ao desejar o calor daquele corpo nu em cima de seu corpo despido. Pensou. Tentou esquecer. Não quis pensar. Desejou! E como desejou. Deseja! E como deseja. Se se pudesse colabava seus lábios nos desejados lábios de Don Juan, mas se conteve, lembrou da sociedade, porém nunca mais se esqueceu da lua cheia. Se entregou ao suor daquele corpo....
(escrito em 01 de janeiro de 2004)

sábado, 28 de janeiro de 2012

Hospital

De repente parecia a vida haver sido representada por alguns minutos. Medo. Susto. Insegurança. Respiração que trava. Força que escapa pó entre os dedos. Contração. Verdade que nem todos podem ou querem viver. Vida. Sorriso se perde. Olhares se consolam. Pensamento que angustia e assim que você percebe que a Vida quase escapou de sua história. Realidade. Esperança. Tudo é um flash-back daquilo que viveu comparado com aquilo que queria viver.

Escrito no Hospital São Paulo em 08/12/2003.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Aqui

Transpassa o coração a curiosidade de tentar saber de você. Você que um dia me cegou, que uma noite me desejou.

Dúvida.
Angustia, medo, e tudo parece que realmente nossa história é pra depois.

História.
Protagonista foi obrigado a se afastar de seu desejo. Teve que carregar consigo o amanhecer e o anoitecer de seus dias, somente pensando, imaginando o que pensa, o que faz a solidão.

Solidão.
Realidade que atormenta, assusta, afoga todo sentimento de prazer que a imaginação esperou encontrar.

(Toca o celular.)
- Alô! Não, foi engano!
Imaginação.
Transpassa o coração a curiosidade de tentar saber de você. Você que um dia me cegou, que uma noite me desejou.

Dúvida.
Angustia, medo, e tudo parece que realmente nossa história é pra depois.

História.
Protagonista foi obrigado a se afastar de seu desejo. Teve que carregar consigo o amanhecer e o anoitecer de seus dias, somente pensando, imaginando o que pensa, o que faz a solidão.

Solidão.
Realidade que atormenta, assusta, afoga todo sentimento de prazer que a imaginação esperou encontrar.

(Toca o celular.)
- Alô....

(escrita em 02 de dezembro de 2003)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

De repente uma lágrima...

De repente uma lágrima correu pela triste face, que olhava com saudades, uma foto que estava em cima de seu criado mudo. Essa foto foi colocada ali, por ele mesmo, num daqueles dias onde a vida parece ser uma festa, onde a sensação do prazer deveria se estender por toda a existência. Mas ali ficou, contemplando, desejando, sonhando, esperando, querendo que a imaginação presente, de repente criasse vida e dissesse o que gostaria de ouvir. Gostaria de ouvir? O que gostaria de ouvir? Não sabia. A única coisa que sabia é que desejava muito que o amor fosse eterno, ou mesmo que, terminado não machucasse tanto.
 

Escrito em 02 de dezembro de 2003

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aqui o homem tenta compreender a dor
Procura conhecer a coragem
Corre atrás da esperança
Percorre o caminho do medo.

Abro os olhos e o verde me faz caminhar.

Tento entender e o amarelo me faz complicar

Busco caminhos e o vermelho me faz abandonar

Quero correr na direção
Em que a esperança possa ao meu lado
Encontrar a felicidade

Tento acelerar na direção
Em que a razão esteja preparada
Para se unir ao sentimento.

Sou humano!!!
Sou homem!!!
Sou...!!!

Tento ser...

Escrito em 24 de novembro de 2003

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Vida doce salgado da eternidade

A vida é um dissabor!
Um espetáculo de Ésquilo
Uma comédia de Ionesco.
Bom seria a vida
Se recheadas de doces
E carimbadas de sonhos.

A vida!!!
Quem és tu?...
Senão uma insanidade.
Bom seria a vida
Se a maré não encobrisse a praia
E o sal não fosse salgado.

A vida é um afortunado de sonhos
Uma expectativa de felicidade
Uma espera da morte.
Bom seria a vida
Se olhos não cegassem as maravilhosa
Se a nirvana viesse até nós.

A vida!!!
Quem és?...
Senão uma pequena explosão.

(Escrito em 14 de fevereiro de 2000)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eros

Lá no cais senta a solidão
Por ver seu barco içar velas
Por sentir seu Eros partir

Caem as folhas secas
E voam ao vento sem rumo
Sem destino, com dor.

Ah, se barco regressasse
O cais voltaria a sorrir
Voltaria a encontrar Eros.

Que deus é esse?
Fere o coração,
Mostra a ruína da alma.

Lá no cais as folhas secaram
O rio não mais desaguou
E o ornamento matinal não brilhou.

Cais a lágrima
É o anonimato medieval
É a dor de Eros sem Psique.

Barco deixou saudades
Foi relatar seu Eros
Ao mito, ao oceano.

Que falta faz me encontrar
Pois sem tal Eros
Eu mesmo não sou ninguém.

Cais a tarde
Cais a noite
Cais o amanhecer de um espera
De um retorno
E de um único momento com teu sorriso

(escrito em 01/01/2000 em Ubatuba/SP)



domingo, 22 de janeiro de 2012

Loucos Desejos Insanos refletem Demência

Imagem do blog: http://paposepitacos.blogspot.com
O mundo enlouqueceu. Os homens nem sabem mais onde estão. Amor é verbo romanista que hoje é deletado pelas teclas do computador. O mundo de todos individualizou-se.
Silencio! Solidão!
Viver o cansado descanso de ser o que somos, sem ao menos saber, o porquê estamos. Prisão. 171 código de segurança de nosso país.
Carro Blindado! O Homem enforcado, sufocado.
Loucura!
Mundo louco. Homem insano. Piração do Século. Guerra. Pedofilia. Matricídio. Parricídio. Incesto. Corrupção. Tráfico. Pornografia. Demência “Machadiana” em pleno século XXI.
Homem demente. Mundo impetuoso. Sangue. Estupro. Drogas. Sexo. Seqüestro. Desafeto. Medo. Insegurança. Liberdade gratuita de Gonçalves Dias corrompendo o início do século XXI.
Que é isso?
Porque tudo isso?

Escrito em 19/05/2005

sábado, 21 de janeiro de 2012

Vida Campestre

Novamente após vinte e oito anos o sol nasceu. A grama orvalhada lembrava neve. O céu azul, mas tão azul, servia de colírio para os olhos. Pássaros cantarolavam contemplando o nascer desse dia, bem como as árvores balançavam na melodia dos ventos. Enquanto o homem caminha, a natureza espera um agradecimento. Antes mesmo do sol raia, ali no campo, o peão já de café tomado sela o cavalo para mais um dia de lida. – “Dia!” Contempla o peão de chapéu de napa. E lá vai ele buscar a manada pra ordenhar o sustento dos filhos. Eta vida boa! Alegria se ver no assobiar daquele peão. O moinho gira, gira é a energia do dia.
Logo que se acorda, o café coado com filtro de pano, o cheiro do bolo de fubá e do leite fervido no fogão de lenha, convida a família para mesa sentar. Um olhar carinhoso, um sorriso gostoso, uma manhã, nova manhã que se inicia. Assim é a vida do peão, simples, modesta, mas tão rica quanto qualquer outra pedra  preciosa que já, até então, foi vista pelo homem.

(Escrita em 14/05/2005)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vida de Amnésia


Queria a menina viver no Paraíso. E assim construiu seus sonhos. Confundiu-se, mas nunca chegou a desistir. Enjoou de ver e ser o tudo do via e tinha. Menina dopou-se de letargia, anfetamina, LSD, álcool e êxtase. Correu, e parou! Pensou. Riu. Chorou. E o Paraíso não chegava. Menina tentou um amor. Namorou Jorge, João, Pedro, Matheus, Lucas, Paula, Marina. Lúcia, Ricardo, Kaique, Andréa e nada a satisfazia. Beijou, transou e o Paraíso nada. Mudou de Vida! Foi caipira, patricinha, caiçara, imigrante, emigrante, carioca, baiana, capixaba, paulista, tupi e nada do Paraíso. Aos longos dos anos de sua vida foi atriz, cantora, modelo, caseira, rip, administradora, empresária, vendedora, bar-woman e o Paraíso não chegava. Correu, e parou! Foi então que o Paraíso chegou atropelando os sonhos da pobre menina que cheirava ali flores e vestia roupa cor de mogno. Eis que não sei, mas seu desejo se realizou.

(escrito em 13/05/2005)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Qual é a solução?

Seguro meus Impulsos
Aprisiono os meus desejos
Derrubo meus pulos

Fecho os olhos
Tranco as portas
Amarro minhas mãos

Sufoco meus pensamentos
Estrangulo minhas vontades
Pelejo minhas mãos

Escondo as canetas
Perco as palavras
Omito meu ser

Esqueço você
Penso em mim
Choro nosso todo

Proíbo o amor
Condeno o desejo
Cego o futuro

E o tempo lá passando
E você aqui existindo
E eu cá existindo.

(escrito em 21/11/2006)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sinos

Matriz antes de ter a frente pintada
Quando baterem os sinos da Matriz é chegada a hora de voltar para casa, mesmo que a missão não tenha chegado ao fim é necessário o retorno.

A vida daquele rapaz de cabelos longos, olhos castanhos e pele da cor do pecado estava prestes a passar por uma nova fase de sua existência.

Ele, ali, naquele lugar, nem calculava o quão era importante que não olhasse para traz, mas que retornasse ao ponto de partida.

Lá! Onde tudo começou, páginas em branco o impediam de continuar seu caminho.

Eram tantos sonhos, que seria impossível o regresso, mas ele não imaginava que esse regresso seria o seu retorno para a realização de todos os seus objetivos.

Foto tirada em 10 de janeiro de 2012 por Rogério Vianna
E assim, sem olhar para traz, tal rapaz abaixou a cabeça e fez o retorno tão inesperado, talvez indesejado, mas tão necessário..

E quando na frente daquela Matriz centenária ele ouviu os sinos baterem, a pele arrepiou, os olhos marearam e daí então, ele compreendeu o quão necessário era voltar e sentir os sentimentos que a tempos não mais sentia.




(escrito em 02/11/2006 – depois de mais de um ano ter regressado para Tatuí)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Trinta Quilômetros...

Assim que percebeu o tanto que caminhou, ele, ali, naquela paisagem nostálgica, parou e se perguntou: “Onde está minha luz? Cadê o fim do túnel?”
Se perguntou, mas antes mesmo de responder para si as dúvidas sentiu a necessidade de olhar os trinta quilômetros percorridos.
Talvez olhasse para trás com o objetivo de encontrar-se por ali, mas não! Quando olhou para traz avistou um horizonte azul repleto de nuvens brancas, ao centro uma estrada com pedras, ali, naquele momento: preciosas, flores e arvores adornavam o leste e o oeste de sua visão.
Assim! Foi dessa forma que percebeu o quão valioso foi viver e ter experimentado os trinta quilômetros que havia percorrido.
Foi então que se virou ao norte e continuou... Continua a caminhar.


(Escrito em 31/10/2006 – ano em que completei 30 anos)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Não tenho nada a fazer.

Vista do Bairro do Morro do Alto - Itapetininga 2006
Sou aquele caipira que nasceu em Tatuí.
Um dia peguei a mochila e sem rumo saí por aí.
Caminhei de Sarapuí até Itaí,
No percurso parei para ver os “calipas” de Taquarivaí.

Vi na estrada Adão procurando Eva e quando percebi tava no trevo de Itapeva.
 
Porto Feliz não encontrei e num Salto parei em Elias Fausto.
 
A noite caiu! E pela manhã tomei café com leite lá pra bandas de Bofete.
 
Me diverti e ri e quando me vi tava na cidade de Buri.
 
São Roque, São Bernardo, São Paulo, São Caetano todos os Santos! Que maravilha ver a Praia Grande.
 
Tava voltando, dei ré e quando freei tava em Sumaré.
 
Oh, meu Santo André!
 
A estrada nunca acaba e nessa noite fui a Piracicaba, Porangaba e Sorocaba.
 
Eta caminho sem rumo, gente de todo tipo, rico e pobre foi de dar dó, foi o que vi lá em Iperó.
 
Ah, que canseira de viagem e o caipira de Tatuí, deixa Apiaí e depois de tanta baboseira, toma a saideira e volta da Ribeira pra continuar por aí, talvez ele volte um dia pra Tatuí.

(escrito em 23 de março de 2005 - quando ainda estava divido entre São Paulo e Tatuí - em abril de 2005 retorno definitivamente para Tatuí)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Divindade Carnal

Bah! –  Exclamou poeta ao ver diante de seus olhos ser tão   atraente, tão encantador que poeta aturdiu o pensamento e perdeu-se no dicionário dos sentimentos, que ora estonteava o desejo e ora perenava no terminante desafio do não poder segurar nas mãos o suor de imagem de um deus grego.

Tal sensação surgiu quando poeta andando naturalmente pelas ruas do rio dos tatus fixou olhar ao horizonte e tal horizonte ofereceu visão peculiar de uma divindade carnal que desenhou um brilho delirante na tal menina dos olhos do poeta.

Aquele que faz versos inspirou-se em tal ser que paralisado o desenhou como: altura de Hércules, beleza de Adônis, formosura de Eros, força de Thor, de olhos cor de oceano, cabelos de coloração trigal e sorriso que somente poeta viu e que não encontrou termo para desenhar.

Poeta expressou desejo e tal divindade carnal exibiu desejo e o filme dos dois... Mistério a desvendar.

(02 de fevereiro de 2007)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Caipira da Urbanização

Acanhado é aquele matuto que sem o trato da cidade desfila por entre o gado e o pasto desnudo de tecido fabricado para o tronco. Simplista, seribeiro seduz olhar de rapaz urbano que mergulhava nos desejos da imaginação nadando na sensibilidade que o deixava a flor da pele.

Matuto de jeans ralo, botina enlameada e mãos de rude cavalheiro passava por entre olhar que desfrutava modelo de tal passarela campineira. Ah, se todos fossem adeptos aos desejos da carne! Aquele momento com certeza seria vivenciado não somente por pensamentos de tal urbano.

Assim sendo, caipira projetava hombridade a cada foto que olhar lhe focava. Fosse da anca, do abdômen, dos lábios, dos negros cabelos longos e até mesmo do ilíaco que ali entre o paraíso estava a doce vontade do terreno, do homem, do sexo e da vontade infinita de desabotoar o ralo jeans e suando o cheiro da necessidade da carne.

Ah, Caipira da Urbanização....

(Itapetininga, 17 de janeiro de 2007)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ser ou Não Estar... Eis a questão!

Monumento a Arte de Pindamonhamgaba/SP

Aqui na terra dos mortais tudo é rapidamente vagaroso.
                                 O homem leva tempo pra nascer.
                                 E num piscar de olhos o tempo leva sua história.

Aqui na terra dos mortais tudo é esperança, espera.
                                 O homem espera que em sua vida a esperança renasça.
                                 E do nada a esperança fica a espera da vida acontecer.

Aqui na terra dos mortais tudo é vontade, objetivo.
                                 O homem tem vontade de realizar seus objetivos.
                                 E de repente não tem objetivos específicos de vontade.

Aqui na terra dos mortais tudo é nascimento, renascimento.
                                 O homem acredita que nascemos por aqui com o objetivo de renascermos por lá.
                                 E assim num pensamento lúdico renascer é para sempre deixar de ser.

Aqui na terra dos mortais...
                                         Loucura é ser.
                                                              Insanidade é estar.

                                                                                                                (escrito em 26 de janeiro de 2006)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

QUEM FOI QUE TROUXE ESSE CARA?



Eu sou o cara que se perde nos caminhos mais conhecidos.
Sou aquele que ama o novo sem ter desamor o velho.
Sou aquele que passa e leva junto aquele que perdido estava.
Eu sou o meu tempo!
Eu sou a minha realidade!
Eu sou o cara....

Eu sou o cara que coleciona amigos.
Sou aquele que escreve verdades que não conhecia.
Sou aquele questionador que é questionado.
Eu sou um pouco do mundo!
Eu sou um pouco da história!
Eu sou o cara...

Eu sou o cara que as pedras do passado guardo comigo.
Sou aquele que parte e que chega.
Sou aquele que poetisa o amor, a fé, a dor, a insegurança, sentimentos todos que sei que existe em mim.
Eu sou um pouco de cada história de vida dos amigos que tenho!
Eu sou o desejo!
Eu sou o cara...

Eu sou o cara que sente saudades do que ainda não vivi.
Sou aquele que chora por alegre estar.
Sou o adeus e o abraço da canção que nunca para de tocar.
Eu sou o sexo!
Eu sou o amor!
Eu sou o cara...

Eu sou o cara que recebeu 365 páginas em branco e que vai continuar sentindo e vivendo a vida... antes que a morte me domine.
Por amor ao meu eu Narciso.
Eu sou o cara...

(escrito em 22 de dezembro de 2006)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Exposição no Centro Cultural conta história do trabalho de clube rotário

Está em cartaz no Centro Cultural Municipal, até o próximo dia 22, a exposição “História do Rotary na Cidade Ternura de Tatuí”. A exposição conta com fotos a história do trabalho rotariano na cidade. A mostra é promovida pela Prefeitura de Tatuí, através da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude, com apoio do Rotary Clube Tatuí Cidade Ternura, um dos três clubes rotarianos do município.Na exposição, fotografias, textos e recortes de jornais são apresentados em murais,. Os primeiros registros dos trabalhos do clube rotário datam de 1989, quando seus associados prestaram homenagem a bombeiros e policiais rodoviários que participaram dos resgates em um grande acidente ocorrido na rodovia Castello Branco (SP-280). A mostra também traz registros sobre atividades que são ou já foram realizadas pelo clube de serviços. O presidente do Rotary Club Tatuí Cidade Ternura, Wellington Naboru Hoshino esteve presente na abertura da mostra, assim como o vice-prefeito Luiz Antonio Voss Campos e o secretário Jorge Rizek, da pasta da Cultura, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude. O Centro Cultural Municipal fica na Praça Martinho Guedes nº 12. A mostra pode ser vista de segunda a sexta, das 10 às 21h e aos sábados, das 10 às 14h.

Matéria do site http://www.tatui.sp.gov.br/noticia.php?cod=4623

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Conservatório de Tatuí, em conjunto com o Centro Paula Souza, emitirá diploma técnico a partir de 2012

Monumento "O Semeador" de Josué Fernandes
Processo seletivo deve ser iniciado em fevereiro, com o retorno das atividades pedagógicas
A partir de 2012, os alunos do Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos – uma instituição do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura - poderão obter diploma técnico em Instrumento Musical/Canto ou em Fabricação de Instrumento Musicais (luteria), devido ao convênio técnico-educacional assinado entre o Centro Estadual de Educação Tecnológica - Centro Paula Souza - e a Associação de Amigos do Conservatório de Tatuí, por intermédio da ETEC de Artes, de São Paulo.  
O Conservatório de Tatuí fará um processo seletivo para escolher os 30 alunos – obrigatoriamente do penúltimo semestre - que ocuparão as vagas nos dois cursos técnicos. Os que passarem pelo crivo da instituição musical passarão a frequentar as disciplinas Linguagem, Trabalho e Tecnologia, Planejamento de Trabalho de Conclusão de Curso, Ética e Cidadania e Desenvolvimento de Trabalho de Conclusão de Curso, na Escola Técnica Estadual Salles Gomes, em Tatuí.
O curso técnico de Instrumento Musical/Canto ou em Fabricação de Instrumentos Musicais (luteria) terá a duração de dois semestres, aceitando apenas alunos do Conservatório de Tatuí. Os trabalhos de conclusão de curso transformar-se-ão em um recital (no caso dos alunos de música e canto) e na construção de um instrumento (para os estudantes de luteria). As “negociações” para a assinatura do convênio foram comandadas pelo assessor pedagógico do Conservatório de Tatuí, Antonio Ribeiro, e de Lucília Guerra, diretora da Etec de Artes de São Paulo.
A medida foi bastante comemorada em território tatuiano, principalmente pela diretoria do Conservatório. Para o diretor executivo, Henrique Autran Dourado, abre-se a possibilidade de um novo título, uma pontuação a mais em um concurso público ou avaliação para emprego.
“Gera uma situação de vantagem na aprovação para lecionar música nas escolas e conservatórios autorizados pelo MEC, além de enriquecer o currículo dos alunos e cria um corpo técnico de maior especialização”, destacou Dourado. “Isso (a concessão de um diploma da Etec por uma escola de música reputada) é um sonho para todos os alunos. Equivaleria a um diploma de Hochshule alemã, dentro de nossa realidade”.
Luteria
Os alunos do setor de luteria do Conservatório de Tatuí também serão um dos grandes beneficiados com o convênio técnico-educacional entre a escola de música e o Centro Paula Souza. Com o novo título, poderão até abrir uma empresa, o que os obrigava a terem o registro de artesãos no Ministério do Trabalho.
“Eles terão as mesmas ‘facilidades’ dos instrumentistas/cantores. Mais ainda, como profissionais não reconhecidos legalmente, o diploma os investirá de qualificação técnica como os demais. Ao invés de notas fiscais ou recibos emitidos como autônomos, o lutier poderá assiná-la em nome de uma microempresa ou pessoa física, como técnico em luteria”, afirmou o diretor Dourado.
O curso de luteria mantido pelo Conservatório de Tatuí foi criado em 25 de agosto de 1980, tendo como professores Enzo Bertelli e Luigi Bertelli. Além da formação de luthiers, a implantação do curso no Conservatório de Tatuí representou uma espécie de independência do Brasil, pois foi o pioneiro em utilizar madeiras nacionais para construção de instrumentos – à época, o país dependia de matéria-prima importada. Hoje, o aluno pode iniciar com madeiras brasileiras, como mogno, pinho de araucária, grumixava, passando no final a empregar as melhores espécies européias, como o accero, o abeto e o ébano.
Informações à imprensa 
Kaio Monteiro – comunica@conservatoriodetatui.org.br ou (15) 3205 8417

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Verbo: AMAR & Pronome: NÓS


Por uma sequência repetida de olhares
é que surgiu um sorriso.

Por um único desenhar do sorisso
é que a alma se alegrou.

Por uma alegria exuberante da alma
é que o agora daquele momento evoluiu.

Por um momento daquele agora
é que hoje temos um passado.

Por um passado anteriromente flertado
é que o futuro existe.

Por um futuro altamente desejado
é que sorri nossas almas.

Por nossas almas a evoluir
é que hoje, ontem e amanhã 
o verbo é amar e o pronome nós.

Por mim você nasceu
e é por isso que eu estou aqui.

 Esse mês irei publicar alguns textos do passado ainda vivo dentro de mim
(criado em janeiro de 2009)