sábado, 14 de janeiro de 2012

Caipira da Urbanização

Acanhado é aquele matuto que sem o trato da cidade desfila por entre o gado e o pasto desnudo de tecido fabricado para o tronco. Simplista, seribeiro seduz olhar de rapaz urbano que mergulhava nos desejos da imaginação nadando na sensibilidade que o deixava a flor da pele.

Matuto de jeans ralo, botina enlameada e mãos de rude cavalheiro passava por entre olhar que desfrutava modelo de tal passarela campineira. Ah, se todos fossem adeptos aos desejos da carne! Aquele momento com certeza seria vivenciado não somente por pensamentos de tal urbano.

Assim sendo, caipira projetava hombridade a cada foto que olhar lhe focava. Fosse da anca, do abdômen, dos lábios, dos negros cabelos longos e até mesmo do ilíaco que ali entre o paraíso estava a doce vontade do terreno, do homem, do sexo e da vontade infinita de desabotoar o ralo jeans e suando o cheiro da necessidade da carne.

Ah, Caipira da Urbanização....

(Itapetininga, 17 de janeiro de 2007)

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