Novamente após vinte e oito anos o sol nasceu. A grama orvalhada lembrava neve. O céu azul, mas tão azul, servia de colírio para os olhos. Pássaros cantarolavam contemplando o nascer desse dia, bem como as árvores balançavam na melodia dos ventos. Enquanto o homem caminha, a natureza espera um agradecimento. Antes mesmo do sol raia, ali no campo, o peão já de café tomado sela o cavalo para mais um dia de lida. – “Dia!” Contempla o peão de chapéu de napa. E lá vai ele buscar a manada pra ordenhar o sustento dos filhos. Eta vida boa! Alegria se ver no assobiar daquele peão. O moinho gira, gira é a energia do dia.
Logo que se acorda, o café coado com filtro de pano, o cheiro do bolo de fubá e do leite fervido no fogão de lenha, convida a família para mesa sentar. Um olhar carinhoso, um sorriso gostoso, uma manhã, nova manhã que se inicia. Assim é a vida do peão, simples, modesta, mas tão rica quanto qualquer outra pedra preciosa que já, até então, foi vista pelo homem.
(Escrita em 14/05/2005)
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