segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Soffredini e a busca pelo teatro genuinamente brasileiro

Arte de Paulo Rogério Ribeiro/Conservatório de Tatuí
Evoé!!! Evoé!!! Evoé!!! 
Tão bela canção de Vicente Celestino, Coração Materno" e  a peça, de mesmo nome, de Alfredo Viviane, deram origem ao texto "Vem buscar-me que ainda sou teu" escrito por Carlos Alberto Soffredini e que estreou em 1979.
A peça de Soffredini baseia-se no dia a dia de uma quase falida companhia mambembe de cirso-teatro, que tem em seu repertório de representações a peça de Viviani. Inteiramente metateatral, na vida dos personagens de "vem buscar-me que ainda sou teu" acontecem episódios semelhantes aos presentes na trama que elas mesmas encenam em seu teatro, os episódios melodramáticos de "Coração Materno".
Na busca do autor em criar um teatro genuinamente brasileiro deparou-se em sua pesquisa com a tradição do cirso-teatro, onde cada ator especializava-se na representação de um personagem específico, semelhante a Commèdia dell'arte.
Na encenação de César Mazari a clareza da metalinguagem oferecida por Soffredini nõ teve uma sssitencia muito primorosa, os tipos-fixos estavam lá, existiam, mas para acreditarmos naquele existir faltou uma pitada de triangulação, de jogar o jogo teatral com a plateia, acentuando os momentos de cada situação. A técnica foi a maior representação do espetáculo, elementos bem articulados com luz, cenário, figurino adequados. Então pergunto-me: foi a peça estruturada para o palco frontal? Não seria o caso de um espaço arena, ou alternativo? Será que o formato do palco distanciou o jogo dos atores com o público? Vê-se claramente a preocupação do diretor na concepção do espetáculo, fotografia e desenhos de cenas agradável aos olhos, porém ao aplaudir, o sentimento era que faltou o tempero brasileiro, o tempero que Soffredini buscou para escrever a peça.
Eis que o XXV  FETESP se apresenta a cena tatuiana. Ensinando, educando, valorizando e enriquecendo o cenário teatral de nossa Tatuí. 

 Baco!!! Baco!!! Baco!!!

MOSTRA PARALELA
Dia 8 de outubro
 
Rua da Cidade – 12h
Cortejo de divulgação até a Praça da Matriz
Grupo: Estúdio Barbara Lopes, Gira de Siá
 
Praça da Matriz, às 17h
Espetáculo: Bantupi Soundz
Grupo: Visel MC, Puppa Kânda & Dabliueme

Anexo 9 – Sala Preta, às 18h30

Espetáculo: IEPE
Direção: Carlos Ribeiro
Grupo: 6º semestre de Teatro Adulto – Conservatório de Tatuí / 2012



Quem vem aí!!! Quem vem aí!!! Quem vem aí!!!!
MOSTRA PRINCIPAL
Foto Fernando Henrique Campos/AGRESTE

“Agreste”
Dia 8 de outubro – Segunda-feira
Teatro Procópio Ferreira, às 20h30
Espetáculo: “Agreste”
Direção: Bia Molognoni
Autor: Newton Moreno
Categoria: Drama
Recomendação: Maiores de 12 anos
Faculdade de Comunicação, Artes e Design – CEUNSP – Itu

Elenco
Tatá Nascimento / Narrador 1
Alexandre Carvalho / Narrador 2
Agda Christie / Narrador 3 e Velha
Alana Gardin / Narrador 4 e Marido
Herberth Vital / Narrador 5 e Delegado
Nicolas Marchi / Homem e Padre
Keyla Curciol / Mulher e Viúva

Ficha Técnica
Bia Molognoni / Iluminadora, Cenógrafa, Figurinista
Bia Molognoni e Leonardo Rodrigues / Sonoplastas
Keyla Curciol e Bia Molognoni/ Pesquisa
Cia. Teatral Pentáculos / Coreografia
Fernando Henrique Campos / Fotografia

Cia Teatral Pentáculos:
Com pouca mais de três anos, a companhia tem três espetáculos realizados (“TPM – Fases de uma mulher”, “O Jogo” e “Casamento é coisa séria”), apresentados em festivais do interior de São Paulo. A Pentáculos também possui dois projetos a serem desenvolvidos: “Intolerância”, baseado na peça “As Bruxas de Salém”, e “Terra: À Vista”, baseado na carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel.

Sinopse:
Agreste é um drama escrito pelo dramaturgo brasileiro Newton Moreno, encenada pela primeira vez em 2004 com a direção de Márcio Aurélio. Conta a história de amor e pobreza de um casal nordestino, desde sua timidez até sua total entrega. Uma história de preconceito e intolerância.

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