terça-feira, 16 de outubro de 2012

O mito de Orfeu olha para trás e se perde....



EVOÉ!!! EVOÉ!!! EVOÉ!!!

O ultimo espetáculo do Fetesp apresentou a História de Orfeu e Eurídice do Colégio Vicentinos de São Paulo.
 
Orfeu nasceu nas vizinhanças do Olímpio, freqüentado pelas musas. Ele era excelente poeta, cantor e músico, passava o dia cantando ao som de sua lira, a qual aumentou de sete para nove cordas.

Seu canto era tão melodioso que, ao ouvi-lo, os homens mais brutais ficavam sensibilizados, as feras mais ferozes vinham repousar a seus pés mansamente, os pássaros pousavam nas árvores, os rios suspendiam seu curso e as árvores formavam coros de dança. Orfeu entoava cantos mais agradáveis que o delas, livrando os remadores do fascínio.

Orfeu era apaixonado por Eurídice, filha de Apolo. No dia de seu casamento, Eurídice, sua noiva, caminhava pelas margens do rio, quando apareceu Aristeu, que tentou violentá-la. No desespero de se livrar do atacante, ela pisou numa serpente escondida na vegetação e morreu depois de ser picada.

Orfeu julgou que devia procurá-la mesmo entre os mortos, tomou sua lira e desceu ao inferno.

O herói sensibilizou também os reis do inferno, o deus Hades e sua esposa Perséfone, e consegue permissão para levar Eurídice de volta ao mundo da luz. Apenas uma condição é estabelecida por Hades e Perséfone: Orfeu só poderia olhar para sua amada depois de terem saído do inferno.
O casal dirigiu-se ao mundo dos vivos, sendo Orfeu seguido a certa distância por Eurídice. Contudo, no momento em que já estão completando o percurso, Orfeu, para certificar-se de que a amada estava por perto, olha para trás e vê Eurídice perder-se para sempre nos abismos do inferno.

Na encenação do Colégio Vicentinos Orfeu tocava um violão. Na mitologia Orfeu, conforme texto acima citado, o protagonista tinha canto apaixonante, e o ator era afinado, mas o que não aconteceu na encenação de Camila Fernandes da Cunha, apesar de todos os atributos cênicos maravilhosos o espetáculo, que tinha tudo em sua criação, para ser emocionante é que Orfeu não tinha a presença necessária para encantar. E ao olhar para trás, para conferir se a amada estava o acompanhando, a cena ficou vazia, sem a emoção necessária. Claro que essa explanação acaba sendo demais para um trabalho Estudantil, mas é apenas um comentário na tentativa de ver o acerto de um colégio que normalmente traz para o FETESP espetáculos maravilhosos como Romeu e Julieta e Fausto, nos anos anteriores.

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