domingo, 9 de outubro de 2011

Memórias de um Sargento de Milícias abre o Fetesp

Foto divulgação Fetesp 2011
No sábado, 08 de outubro, o Conservatório de Tatuí iniciou o XXIV FETESP (Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo), e o festival de 2011 é especial. Especial, pois neste ano comemora-se 35 anos de atividades teatrais, que desde 1976 quando Moises Miatkowski, a convite do então diretor do Conservatório, maestro Coelho, dá inícios as atividades criada a partir das necessidades que o homem  primitivo tinha em tentar dominar a natureza.
A abertura do Festival aconteceu com a apresentação do espetáculo “Memórias de um Sargento de Milícias”, obra romântica que foi publicado originalmente em folhetins e que é clássico dos vestibulares. A narrativa de Manuel Antônio de Almeida carrega o estilo jornalístico e direto sobre as aventuras e os infortúnios do jovem Leonardo e Alessandro Toller foi preciso na adaptação da obra, mantendo a narrativa e trazendo a atualidade num clássico de nossa literatura. Criar uma obra é difícil, mas adaptar um clássico é imensamente difícil.
A montagem da Universidade São Judas Tadeu de São Paulo é uma peça que no Festival, deste ano, faz parte da categoria Escola de Teatro, e que na direção de Suzana Aragão fez juz a abertura do Festival, realizando uma apresentação profissional com elenco entrosado com o tempo certo, isso é mais gratificante pois sabemos que as personagens de “Memórias” são planas, não mudam seu comportamento no desenrolar da história, mas a montagem ágil e criativa de Suzana encanta a platéia e os atores com o feelling de profissionais brincam e divertem a platéia, não escondendo em momento algum que eles estão assistindo a uma peça de teatro.
Uma iluminação encantadora com efeito de luz criando um espaço físico adequado num cenário de praticáveis que serve para ser tudo o que precisa a encenação e que é belíssimo ao público.
O espetáculo é profissional, mas claro, que se a montagem de Suzana Aragão tivesse 20 minutos a menos, seria perfeito, para que saíssemos do teatro satisfeito, mas quando o final acontece a platéia ovaciona, mas a “barriga” acontece, porém não estraga o espetáculo que é uma aula de interpretação aos alunos que participarão da Mostra Competitiva  da categoria “Teatro na Escola”.
Outro ganho do espetáculo é a trilha sonora que dá o ritmo musical aos personagens e é um personagem magnífico criado por Célio Colella e que faz, com certeza, Tespis se orgulhar.
O Grupo VIP foi criado em 2000 com o objetivo de formar público e incentivar a leitura de clássicos da literatura, adaptados para o teatro através da colaboração de diversos alunos e profissionais do curso de Artes Cênicas da Universidade, e com certeza os objetivos do Grupo estão sendo alcançados.

Parabéns!!!
Viva o Teatro!!!

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