quarta-feira, 4 de maio de 2011

Dia 04 de Maio – Dia Municipal da Literatura Tatuiana

Poucos sabem mas em recente pesquisa realizada por Donny Barros e Rogério Vianna sobre a literatura tatuiana percebemos que o dia 04 de maio deveria ser o Dia Municipal da Literatura Tatuaina.
E porque dia 04 de maio?

Simplesmente é no dia 04 de maio de 1896 que nasce na ‘Cidade Ternura’ Francisca Pereira Rodrigues, por nós conhecida como Chiquinha Rodrigues, a prefeita e nome de uma rua no Bairro Doutor Laurindo e outra no Bairro Caxingu e de uma Creche Municipal na Praça da Bandeira, mas que na realidade é muito mais que isso por ser ela autora de 09 livros infantis e por haver publicado vários livros e comunicados sobre História, Agricultura, Geografia, Saúde e Economia. Entre os trabalhos publicados, destaque para: Pelo Caboclo do Brasil; Confidências de Suzana; São Paulo dentro do Brasil; Problemas Brasileiros. Pasmem!!! Em nossa Biblioteca Municipal não foi encontrado um só livro de nossa escritora, sem contar as inúmeras expressões: De quem mesmo??!!

E também dia 04 de maio de 1934 é data do falecimento de um ilustre filho desta ‘Capital da Música” o senhor Paulo de Oliveira Leite Setúbal, por nós conhecido como Paulo Setúbal, que leva o nome de nosso Museu, da Praça que todos conhecem por Praça do Barão e que é imortalizado pela Academia Brasileira de Letras, esse lembrado por nós também na Semana Paulo Setúbal que acontece no mês das festividades de Aniversário da Cidade. O Núcleo Experimental Cênico "Falsa Modéstia" de Tatuí está adaptando as obras de Paulo Setúbal para o Teatro: já foram encenadas "As Maluquices do Imperador", "Alma Cabocla" e "Confiteor", pronto também está "A Marquesa de Santos", mas a falta de Incentivo  impede o Núcleo de levar adiante o projeto.

Enfim, não é necessário muita explicação para que tornemos o nosso dia 04 de maio como o dia Municipal da Literatura Tatuiana. Já foi comentado isso há dois anos com pessoas culturais de nossa cidade que pouco se importaram com esse dado, afinal não seria um evento que chamasse tanto atenção, mas espero que alguém volte os olhos para esses dados e possa no futuro criar um espaço direcionado a futuros escritores tatuianos, porque o passado deve ser nossa referencia para que no futuro mais histórias como seguem abaixo possam estar sendo estudas e servidas de exemplos pelos cidadãos do futuro.

VIVA NOSSO DIA MUNICIPAL DA LITERATURA TATUIANA!!!

DONA CHIQUINHA RODRIGUES - (Tatuí, SP, 1896 - São Paulo, SP,1966)

Francisca Pereira Rodrigues, conhecida como Chiquinha Rodrigues, foi uma mulher de grande destaque na história de Tatuí, atuando nas áreas do magistério, letras e política.

Francisca Rodrigues, ou dona Chiquinha, nasceu em Tatuí (SP), a 4 de maio de 1896.
Diplomou-se pela Escola Normal de Itapetininga (SP), em 1913. Ao atingir a maioridade, lecionou em um sítio de Tatuí, durante um ano.
Em São Paulo, casou-se no dia 7 de setembro de 1915 com o Adolfo Rodrigues e, no oitavo ano de casada, já era mãe de cinco filhos.

Depois de alguns anos de casada, passou a escrever para jornais e revistas. Seu primogênito, com 4 anos, freqüentou o Jardim da Infância da Praça da República, cuja diretora, Irene Bastos, convidou Francisca para dar aulas naquele local.

Em 1932, em São Paulo, fez propaganda pelo rádio e por jornais, conclamando os paulistas para as fileiras e para serviços auxiliares. Dona Chiquinha Rodrigues criou a Bandeira Paulista de Alfabetização: fundou a Sociedade Luiz Pereira Barreto, onde fazia a campanha para o reflorestamento e cultura da terra, incentivando o plantio dos bosques, pois se preocupava com a destruição das matas. Fez conferências sobre problemas brasileiros, que resultaram na publicação de um livro.
Promoveu a criação de numerosas escolas primárias e profissionais, clubes agrícolas, e hortas-escolas. Distribuía gratuitamente milhares de livros didáticos, cadernos e objetos escolares. Beneficiou com seus trabalhos as obras do Sítio Buracão da Fazenda Nacional, no Km 24 da Via Anhangüera, entregue às irmãs franciscanas missionárias, do Imaculado Coração de Maria.

Além de professora benemérita, dona Chiquinha Rodrigues foi prefeita de Tatuí na década de 1940 e elegeu-se deputada estadual duas vezes. Na época em que governou Tatuí, realizou inúmeras obras, com destaque para a construção e instalação do Grupo Escolar “Chico Pereira”, do Jardim da Infância e de uma creche que atualmente leva seu nome. Historiadora, romancista, educadora e autora de livros infantis, teve mais de vinte livros dedicados às crianças, ao ensino e história de São Paulo. Faleceu aos 70 anos, no dia 9 de outubro de 1966. Era casada com Adolfo Pereira, com quem teve quatro filhos. Na justificativa da propositura, o parlamentar destaca as conquistas das mulheres nas últimas décadas nas áreas civil, social, trabalhista e política, e diz que elas são referências “que nos inspiram para vivermos em um mundo melhor, mais igual e fraternal”.

Esteve várias vezes no Exterior, a serviço do Brasil, viajando por três países da América e oito países da Europa. Visitou 17 estados brasileiros. Destacou-se como oradora e conferencista. Recebeu várias medalhas e títulos. Foi conferencista no Auditório da Gazeta. Participou também das reuniões da Biblioteca Municipal, notadamente das mesmas com relação à Sociedade Monteiro Lobato.

Foi escritora, tendo publicado vários livros e comunicados sobre História, Agricultura, Geografia, Saúde e Economia. Entre os trabalhos publicados, destaque para: Pelo Caboclo do Brasil; Confidências de Suzana; São Paulo dentro do Brasil; Problemas Brasileiros;

Livrinhos Infantis; Menina de Ouro; Seu Pafúncio corre Mundo; Histórias e Brincadeiras; Trajetória Luminosa; Primavera em meu Quarto; Dança das Flores; Dança das Letras; Álbum de Aquarela e Coração que Fala.

Em sua homenagem, seu nome foi dado a duas ruas: uma em Tatuí e outra no bairro de Caxingui, na Capital.

Entre as atividades registradas em sua vida política e social, ela foi integrante da Embaixada Cultural que visitou o Uruguai, em caráter oficial, em 1936. Fizeram parte dessa embaixada Rodrigo Otávio, Pedro Calmon e Aluísio de Castro, todos membros da Academia Brasileira de Letras. Foi também delegada do Brasil no III Congresso Internacional de Toponímia a Antroponímia. Visitou os EUA em 1944, percorrendo algumas cidades daquele país, em visita a vários estabelecimentos de ensino. Esteve por duas vezes na Argentina, sempre perquirindo sobre Educação e Ensino, notadamente o primário, preocupada principalmente com a criança.
Faleceu em São Paulo, em outubro de 1966.


Paulo Setúbal (Tatuí, 01 de janeiro de 1983 - São Paulo, 04 de maio de 1937)
 
Paulo de Oliveira Leite Setúbal (Tatuí, 01 de janeiro de 1983 - São Paulo, 04 de maio de 1937) foi um escritor brasileiro, imortalizado pela Academia Brasileira de Letras.
Era casado com Francisca de Sousa Aranha com quem teve três filhos: Maria Vicentina, Teresinha e Olavo Egídio Setúbal.
Estudou em Tatuí, teve como Professor seu Francisco de Almeida Pereira, Seu Chico Pereira, que no livro Confíteor, obra póstuma, dedica uma das mais emocionantes passagem deste caridoso homem ao escrever: 'o homem mais rico de minha terra' e que deve ser lido com orgulho por nós tatuianos.
Formou-se, em 1914, bacharel em direito, em São Paulo. Na época já havia tido poema publicado na primeira página do jornal A Tarde. Em 1920 ocorreu a publicação de seu livro de poesia Alma Cabocla, cuja edição, de três mil exemplares, esgotou-se em um mês,  editado pelo grande nome de nossa literatura  Monteiro Lobato. Entre 1925 e 1935 publicou vários romances históricos, entre eles A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau e A Bandeira de Fernão Dias. Em 1926, trabalhou como colaborador do jornal O estado de São Paulo. Nos anos de 1928 e 1930 foi deputado estaduall, mas renunciou ao mandato por ter agravada sua tuberculose.

Publicou, nos anos seguintes, livros de contos, cronicas e memórias. Poeta vinculado à estética parnasiana, Paulo Setúbal tematizou em seus versos a vida dos camponeses, dos caboclos do interior de São Paulo. Pela escolha do tema, na época foi chamado de "poeta regional", antecede a antropofagia de Andrade.
Foi também famoso e respeitado autor de obras de temática histórica, dentre as quais se destacam o romance A Marquesa de Santos (1925) e o livro de crônicas O Ouro de Cuiabá (1933).

Foi eleito em 06 de dezembro de 1934 para a Academia Brasileira de Letras, sucedendo a João Ribeiro na cadeira 31.

2 comentários:

  1. Oi Rogério,

    Desde há muito tempo admiro você,seu trabalho e suas consequências.Oportuna esta sua iniciativa,espero que você consiga suporte para adiantá-la.

    Com carinho e admiração

    Cris

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  2. Parabéns pela pesquisa e texto,acho incrível o fato da administração cultural de uma cidade não focar em tais acontecimentos,como você disse que já mencionou o fato há dois anos,porque nenhuma iniciativa ainda ? Aguardaremos.

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