quarta-feira, 7 de abril de 2010

Exposição “O Nome do Brasil” no Centro Cultural Municipal de Tatuí

 Artes Visuais

O NOME DO BRASIL

Em Tatuí no Espaço de Exposições do Centro Cultural Municipal, o publico poderá prestigiar a partir de hoje, dia 07 até o dia 22 de abril, a exposição “O Nome do Brasil”, que será realizada através de uma parceria da Prefeitura de Tatuí, através da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude, e do Departamento de Acervo do Palácio do Governo do Estado de São Paulo (POIESIS) - Organização Social de Cultura - responsável pelo Museu da Língua Portuguesa, casa Guilherme de Almeida e Casa das Rosas.
Tive o prazer de prestigiar a exposição em sua fase de montagem em Tatuí a convite do Secretário de Cultura e Turismo Jorge Rizek. Enquanto a equipe da Nexxus do Júnior Silva iluminava o Espaço de Exposições do Centro Cultural, Maria Augusta, agente cultural de Tatuí, me acompanhou e realmente acho que essa exposição vem mostrar ao público tatuiano curiosidades das quais nem sempre temos conhecimento. Vale a pena investir uma hora de seu tempo para passear por entre os Mapas e curiosidades de nosso País. E como a Exposição é gratuita recomendo que Escolas agendem horário para visitar esse grande presente que o Centro Cultural está proporcionando a todos. Obrigado Jorge Rizek e a todos da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude que vem trazendo muitos eventos Culturais a nossa cidade.
 
Sobre a Exposição: O NOME DO BRASIL

O Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo integrou em 2009 duas exposições em comemoração ao Ano da França no Brasil. Uma dessas exposições chega a Tatuí no Centro Cultural Municipal neste mês em que o Brasil comemora seus 510 anos.
A exposição “O Nome do Brasil” fica aberta gratuitamente ao público Tatuiano até quinta-feira dia 22, dia de aniversário de nosso país sempre das 10h às 17h. Segundo a curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo, Ana Cristina Carvalho, a exposição procura mostrar a proximidade entre franceses e brasileiros por meio de imagens e mapas, que revelam as idas e vindas de franceses ao Brasil, e sua relação com os índios tupinambás desde o século 15. Chamado de “ibirapitanga” (“ibira”, pau, e “pitanga”, vermelho), para os franceses era o pau-brasil, “arabutam” ou “Bois-du-Brésil”, árvore que deu origem ao nosso Brasil, à nossa história. Hoje, a preciosa madeira vermelha é objeto de reflexão sobre o nosso passado e pode ser contemplada nos jardins do Palácio dos Bandeirantes em São Paulo.
 

O Nome do Brasil
Curadoria de Percival Tirapeli e Laura Carneiro
Esta mostra, trata da origem do nome do nosso país: a palavra brésil já era conhecida dois séculos antes da descoberta do país pelos portugueses, em 1500 – e, anos depois, foi divulgada pelos comerciantes franceses normandos que comercializavam o pau-brasil, nas terras do Novo Mundo. O nome do Brasil tanto teria sido originário da árvore da qual se extrai uma tinta avermelhada quanto de uma ilha mítica – Berzil – perdida no Oceano Atlântico. O certo é que o gentílico brasileiro (brésilien, os que comercializavam o pau-brasil) nasce em 1562 com a publicação, em Paris, de um relato anônimo que a ele atribuía a atividade de cortar o bois-rouge para traficar.
O nome do Brasil - O primeiro nome das terras descobertas foi Ilha de Vera Cruz. Segundo o escrivão da esquadra, Pero Vaz de Caminha, o nome foi mudado para Terra de Santa Cruz ao se notar sua imensidão. Foram os marinheiros franceses, traficando o pau-brasil com os índios tupinambás, que divulgaram o nome Brésil. O francês Jean de Lery, que viveu no Rio de Janeiro entre 1555 e 1567, justificou, assim, a mudança de nome: “Ao falar das árvores deste país, devo começar pela mais conhecida entre nós, esse pau-brasil de que a terra, por influência nossa, tomou o nome e é tão apreciado, graças à tinta que dele se extrai.". Mas os portugueses lastimaram a mudança do nome, como Frei Vicente do Salvador, em sua História do Brasil. Para ele, o demônio foi quem fez com que se esquecesse o primeiro nome e ficasse o de Brasil, por causa de um “pau assim chamado de cor abrasada”.

Os Mapas - a cartografia portuguesa é reconhecida no mundo todo, e orientou todos os grandes navegadores no período dos descobrimentos, nominando lugares desde a Ásia até o Novo Mundo, onde está o Brasil. Já os mapas franceses trazem o primeiro relato sobre o Brasil, do francês Gonneville (1503-04), sobre o tráfico do pau-brasil; e a primeira gravura é de um anônimo de Ruão, de 1551, e, então, passou a ilustrar os mapas.
Os Tupinambás na Normandia do século 15 - Sabe-se da presença de índios brasileiros na França desde 1505, quando o navegador Gonneville levou a bordo de seu navio um índio carijó, que viveu na França até os 95 anos de idade. O armador Jean Ango estabeleceu o tráfico do pau-brasil a partir de Dieppe, na Normandia, viajando por todo o mundo a partir do porto normando do Havre. Esse comércio foi retratado em baixos relevos em madeira, mostrando os índios tupinambás extraindo o pau-brasil para os normandos. Os entalhes são do mais refinado estilo renascentista e têm o nome de A Ilha do Brasil: o corte da madeira e O Embarque da madeira. Na mesma Normandia, outros relevos em pedra na catedral de Saint Jacques, da cidade de Dieppe, mostram os índios com machados, cortando árvores de pau-brasil.
Pau-Brasil - Caesalpinia echinata
A planta foi estudada pela primeira vez em 1648, na Historia Naturalis Brasiliae (História Natural do Brasil), pelos holandeses. Dez anos mais tarde, foi descrita como Ibirapitanga – Lignum Rubrum (madeira vermelha) ou Pao do Brasil. Em 1789, o naturalista Lamarck descreve a planta, no tratado Brésillet, como do gênero Caesalpinia e estende o nome para outras espécies.

 

Serviço
Abertura Oficial dia 07/04/2010
Visite de 08 até dia 22 de abril das 10h ás 17h.

Local: Espaço de Exposições do Centro Cultural Municipal
Praça Martinho Guedes, 12 – Jardim da Santa

Informações: (15) 3259-3993
e-mail: cultura.tatui@gmail.com.

Entrada Franca









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