Literatura, segundo o wikipédia, “pode ser definida como a arte de criar e recriar textos, de compor ou estudar escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; o conjunto de produções literárias de um país ou de uma época; a carreira das Letras”. Uma definição perfeita para uma arte que nós artista temos que batalhar muito para que não fique somente como lembrança do passado. Na sexta-feira tamanha surpresa, claro que não tão surpresa assim pra mim, tamanha mesmo, o descaso que os Governos desse país vem tendo para o fator Educação.
Na manhã lindíssima de sexta-feira, como de costume, antes de ir-me ao ensaio da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí, tenho o hábito de folhear o jornal, e infelizmente aquela manhã acentuou a população a “desalfabetização” existente em nosso currículo escolar da atualidade.
A matéria com o título: “Avaliação mostra que metade dos alunos de 8 anos não aprende o mínimo” e subtítulo “Prova ABC, feita por 6 mil estudantes das redes pública e privada das capitais, revela que 44% lêem mal, 46% escrevem errado e 57% têm sérias dificuldades em matemática. 'Estamos produzindo crianças escolarizadas que são analfabetas', diz especialista” afirma o descaso dos Governos referente à Educação em nosso País.
Em 26 de novembro de 1933, sem sócios, sem pecúlio ou patrimônio, a Bandeira Paulista de Alfabetização criada pela tatuiana Chiquinha Rodrigues é considerada de “Utilidade Pública” pelo Governo Federal, por Decreto se tornando um movimento espontâneo e Patriótico daqueles que a Revolução de 32 despertou para a luta.
A Bandeira Paulista de Alfabetização tinha o objetivo de estimular e incentivar a propaganda, levando a toda parte o grito de seu entusiasmo e a boa vontade do magistério paulista, que naquela época na quase totalidade abraçou abnegadamente o seu programa e ação. Como acentua em seu discurso pronunciado na Câmara, em 13 de agosto de 1936 Chiquinha orgulhosamente acrescenta “A luta foi árdua, e sacrifícios sem conta foram vencidos, apenas com a dedicação e o esforço dos que, de corpo alma, se entregaram a esse titânico trabalho de evangelização”. Em suas palavras percebe-se o amor pelo ofício de Educadora.
Educador! Pessoa que ensina uma ciência, arte, técnica ou outro conhecimento. Uma das Profissões mais antigas do mundo que carinhosamente chamamos de Professor.
Atualmente, conforme matéria do Estadão “Metade das crianças brasileiras que concluíram o 3. º ano (antiga 2. ª série) do ensino fundamental em escolas públicas e privadas não aprendeu os conteúdos esperados para esse nível de ensino. Cerca de 44% dos alunos não têm os conhecimentos necessários em leitura; 46,6%, em escrita; e 57%, em matemática.” Ao ler essa matéria imediatamente me veio a figura de Chiquinha, que venho pesquisando arduamente ao lado de Donny Barros e a imagem dele dentro desse cenário se perde, em menos de 80 anos, após ser criada a Bandeira percebemos que o ofício de professor, educador perdeu suas bases aos desejos e provocações de Governos que desvalorizam esse ofício em cargos públicos, que após ingressados, dão direito ao professor e conformidade no ato de reclamar por salários melhores.
Salários Melhores? Como exigir melhores salários quando temos conhecimento de que aos 8 anos, as crianças que estão sendo alfabetizadas não entendem para que serve a pontuação ou o humor expresso em um texto; não sabem ler horas e minutos em um relógio digital ou calcular operações envolvendo intervalos de tempo; não identificam um polígono nem reconhecem centímetros como medida de comprimento.
Perdoe-me senhores professores não se ofendam com minhas palavras, vejam-na como realidade e ajudem-nos a “desalfabetizar” os filhos desta pátria mãe gentil. Espelhem-se no exemplo de Chiquinha Rodrigues, façam do ofício um orgulho futuro para os filhos que educam. Não se tornem apagador professores e se dignem e orgulhem a forma de tratamento lhes concedido PROFESSOR.
Vamos a luta, se o salário ainda é insuficiente, provemos ao nossos governos a necessidade de melhoria, mas antes apresentemos os números positivos de nossa história e não permitamos que a Arte de criar e recriar textos, de compor ou estudar escritos artísticos caiam no ostracismo desejoso de uma política sem memória, porque o desejam alguns políticos é que a memória seja curta, para que não lembremos de atos vis praticados em seus mandatos.
Se tomarmos a batalha para nosso bem, com certeza venceremos, não hoje, mas no futuro e erradicaremos o analfabetismo de nossas casas. Estudemos para que orgulhosamente possamos transferir nosso conhecimento aos filhos que no futuro olharão com carinho e afeto a seu bem maior e que jamais se esquecerá daquele que dedicadamente deixou de lado um pouco de sua vida para dedicar-se a vida de outros.
E ao final somente acrescento... “E assim viverão felizes para sempre!”
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