sábado, 27 de agosto de 2011

Carta para um Homofóbico


O que acontece a alguém quando esse alguém ama alguém como a si mesmo.
O amor!
O amor reflete a luz que ilumina vidas.
Sentimento tão nobre que se subdivide em paterno, fraterno, afetivo...
Em tempos de guerra, o amor pode acontecer.
Em tempos de paz o amor acontece.
Naquele tempo, escreveu Samuel à humanidade: havia um harpista de nome  Davi, rapaz simples que cuidava do rebanho de sua família. Pastor abençoado pelo amor divino tinha em seus olhos uma luz que refletia aos olhos de todo aquele que o conhecesse. Esse olhar abençoado transmitia uma grande segurança e tinha um poder visionário, espantando até mesmo o espírito mal que atormentava o Rei Saul.  Valente e esperto venceu o maior inimigo do Rei, Golias, o gigante da cidade de Gate, se tornando amigo de todo o povo de Israel. Foi mais ou menos assim que Davi, homem sábio se tornou aliado do Rei.
Ainda naqueles tempos, Jônatas, filho do Rei Saul, que enciumado por Davi ter sido escolhido por Deus para ser Rei, do Reino que seria seu, olhou com ódio ou inveja para Davi, mas o tiro saiu pela culatra, quando Jônatas encontrou-se frente a frente com aliado de seu pai, a alma de Jônatas apegou-se imediatamente a alma de Davi e eis que foi assim que Jônatas começou a amá-lo como a si mesmo.
Jônatas diante de um juramento de amizade despiu-se de sua nobreza firmando o ilustre sentimento que nutria pelo outro alguém semelhante a ti. E o sentimento era recíproco, pois tempos depois lamentando a morte de Jônatas, Davi em seu canto fúnebre dispara: “Tenho o coração apertado por tua causa, meu irmão Jônatas. Tu me eras imensamente querido. Teu amor me era mais precioso que o amor das mulheres”
Nos tempos de agora, sublinho, nesta carta, o AMOR descrito no Livro dos livros, puro de toda maldade, de qualquer preconceito, e, acentuo que diante da profunda amizade de Jônatas e Davi esse texto, tanto o qual em tempos atuais redijo, como a escrito por Samuel naqueles tempos, pode ser interpretado de várias formas, mas o AMOR deles, Jônatas e Davi, é somente um e cada um pode subdividi-lo da forma que lhe for conveniente, mas é, por meio do AMOR e da amizade deles que podemos, isso mesmo, caro leitor desvendar se Deus é preconceituoso como muitos homofóbicos que a cada dois dias tira a vida de alguém que ama alguém como a si mesmo. 
Caríssimos irmãos, nos tempos de agora em que ao Supremo Tribunal Federal reconhece a União Estável Homoafetiva, temos, antes de realizarmos uma grande comemoração, ou uma “parada”... Temos que parar! Parar, para que  possa o homem se conscientizar e se educar no direito de respeitar seus iguais, mesmo que seus iguais tenham afeto por alguém como a si mesmo. Já naqueles tempos, o aconselhado livro do eclesiastes acentua: “O que foi, é o que há de ser; e o que se fez isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados que foram antes de nós. Já não há lembranças das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não há lembranças, entre os que hão de vir depois”
Em tempos de paz o amor acontece.
Em tempos de guerra, o amor pode acontecer.
Sentimento tão nobre que se subdivide em paterno, fraterno, afetivo...
O amor reflete a luz que ilumina vidas.
O amor!
Aos injustiçados por saber amar.
 

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