quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Homenagem ao Historiador Renato Ferreira de Camargo


(foto tirada do site http://www.diariodetatui.com/)

O Historiador é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura. Ele retira e preserva os tesouros do passado, interpreta a História, aprofunda o conhecimento do presente. Um povo sem História, e sem o Historiador, é um povo sem memória. – acentuou Adinalzir Pereira Lamego em seu artigo “A importância da História e o trabalho do Historiador”publicado no site Educação Pública do Rio de Janeiro.

Infelizmente, sabemos que não é nada fácil ser historiador no Brasil e principalmente em nossa Tatuí, afinal de contas, quem tem interesse em sua história? Ou, porque tenho que saber que antes de minha geração, outra esteve presente num contexto histórico, ops... o que é contexto histórico? É mais ou menos esse o sentimento que paira no ar, claro que nunca podemos generalizar esses sentimentos, porém uma grande parte da população pensa nisso. Fora esse pensamento do cidadão, que já nasce educado a dar pouca ou quase nenhuma importância à História, existe também pouco reconhecimento do mercado de trabalho que não remunera tão bem o trabalho do Historiador e ainda, existem os gestores políticos, que na luta de permanecerem efetivos em seus cargos atuais, evitam valorizar a cadeira dos seus antecessores.

Enfim ser um historiador é dedicar-se a um ofício de muita peleja e pouco reconhecimento.

Tatuí, a histórica Cidade Ternura, Capital da Música e Rainha do Doce Caseiro teve grandes historiadores, e neste dia 20, terça-feira, do mês de novembro, a história ficou entristecida com o falecimento de RENATO FERREIRA DE CAMARGO.  

Eu particularmente nunca tive um contato direto com o jornalista e historiador, porém suas pesquisas muito auxiliaram e auxiliarão o trabalho que realizamos em Tatuí. Pois, foi por meio de diversos de seus livros que conseguimos entender melhor a história de nossa terra, de nosso povo, foi graças a sua dedicação em salvaguardar a História de Tatuí, que o trabalho que o Núcleo “Falsa Modéstia” vem desenvolvendo ao longo de seus sete anos em nossa cidade foi produzida.

E, assim, nesse momento de desconçolo da História de Tatuí que nos despedimos desse Historiador que deixa registrado para a posteridade várias obras, entre elas: “Memórias de Tatuí” (1997), “Achegas para a História Tatuiense” (1999) e “Almanach Tatuhyense de 1900” (reedição), “Tatuí; Antiga Tatuhy - Coletânea de Fotos” e “História dos Crentes Primitivos da Congregação Cristã no Brasil”. Lançou ainda os livros “Ilustres Cidadãos”, “Tatuí, Capital da Música” e Cronologia Tatuhyense”, ao lado do filho Christian Pereira de Camargo.
 
Que a História de nossa cidade jamais permita que sua História de vida seja engavetada.

Na foto da família: Renato Ferreira de Camargo (camisa azul), ao lado do filho Christian Pereira de Camargo. Atrás, o filho Renato Pereira de Camargo e o irmão Roberto Rosendo de Camargo, cantor e compositor.(foto tirada do site http://www.diariodetatui.com/)

Um comentário:

  1. Eu faço historia e meu objetivo é ser uma historiadora, mas como estava escrito no texto, aqui no brasil é muito difícil e pouco valorizado. Existe um meio de fazer essa situação mudar?

    Nathália Oliveira

    nathaliacalazansrj@live.com

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