segunda-feira, 7 de maio de 2012

O Dia Municipal da Literatura Tatuiana teve 15 atrações que contabilizaram um público de 900 pessoas.

Donny Barros e Mônica Rodrigues Morato Abertura da Exposição


O Núcleo Experimental Cênico “Falsa Modéstia” e Prefeitura de Tatuí, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude e o Museu Paulo Setúbal realizaram no dia 04 de maio de 2012 o  1º Dia Municipal da Literatura Tatuiana.

O Museu Paulo Setúbal esteve repleto de pessoas no decorrer do dia, onde ocorreram 15 atividades culturais como a Abertura oficial da Exposição Literária – O Acadêmico e a Emérita – Paulo Setúbal e Chiquinha Rodrigues; Contadores de História; Apresentação de Dança e Teatro com alunos da APAE; Estréia de “Chiquinha Rodrigues. Re-Verso – A Emérita Professora”; Sarau Literário e Apresentação do espetáculo “Paulo Setúbal. Re-Verso”

Educadores do DAPE prestigiando a Expósição Literária
Na manhã de outono de sexta-feira, última dia 04, foi prestada uma homenagem aos 75 anos de falecimento do Acadêmico Paulo Setúbal “há exatos 75 anos, deixava a literatura brasileira e tatuiana órfão de suas obras. De Paulo Setúbal, temos hoje o privilégio de conhecer 14 obras das 15 que escreveu em vida, cito 15 porque segundo relato do autor em Confiteor, sua obra póstuma, o Acadêmico teria queimado o que seria o antepenúltimo de seus livros.” – falou Rogério Vianna que realizou a abertura do evento, e, para citar Dona Chiquinha Rodrigues que completaria 116 anos disse: “nascia nestas terras em 1896, Francisca Pereira, a Chiquinha do Adauto, que mais tarde passou a se chamar Dona Chiquinha Rodrigues. E com muito orgulho pode o Brasil a chamar de Dona Chiquinha Rodrigues. Utilizo aqui o axiônimo Dona, por ser Francisca Pereira Rodrigues, uma mulher que merece reverencia e por ser possuidora de Títulos honoríficos como a Comenda do Barão Rio Branco. E Dona Chiquinha Rodrigues, como era chamada por jornalistas da época publicou, ao certo ainda não sabemos, mas temos conhecimento hoje, que nossa conterrânea publicou cerca de 10 livros entre romances e discursos e no mínimo 11 obras infantis”. – citando assim os dois ilustres filhos que, por coincidência de datas de nascimento e falecimento, inspiraram a criação do Dia Municipal da Literatura Tatuiana, criada por Donny Barros e Rogério Vianna, que se tornou Projeto de Lei no Legislativo, sendo sancionada pelo Executivo e publicada no Atrio da Prefeitura em 27 de setembro de 2011.

Público prestigiando a Exposição "O Acadêmico e a Emérita"
Durante o pronunciamento foram citados os nomes do jornalista Kaio Monteiro; do Jornal “O Progresso de Tatuí”, pelo editorial de 08/05/2011, onde apoiou o projeto; Áurea Conceição de Almeida e Oscar Leite de Almeida, pessoas que apoiaram os produtores culturais Vianna e Barros na aquisição dos livros da emérita Professora; Alicelena e Rui Bueno Ferraz que apresentaram as criados do Dia da Literatura Tatuiana, a neta de Dona Chiquinha Rodrigues, Mônica Rodrigues Morato, que esteve presente na abertura e se emocionou a prestigiar tão singela homenagem a avó que tanto amava: “Não consigo por mais que me esforce expressar a emoção que estou sentindo hoje. A vovó Chiquinha foi uma avó nota 1.000. tudo o que houver de melhor guardo na minha lembrança da minha amadíssima avó. Foi uma das pessoas que mais gostei na minha vida. Desejaria que todos tivessem a graça de ter uma avó como eu tive companheira, amiga, cúmplice que me defendia como falam “até debaixo d água”. Foi ela que me ensinou a ler e a escrever. Quantas vezes vim a nossa querida Tatuí com ela e meu querido vovô Rodrigues. Agradeço de maneira especial a toda a equipe que organizou este 04 de maio que ficará inesquecível na nossa alma, minha e do meu marido Vicente. Deus cubra todos vocês de bênçãos.” Foram citados também o Secretário Municipal de Cultura Jorge Rizek e o senhor Prefeito não puderam estar presentes devido a agenda de reuniões de trabalho.

Lar São Vicente de Paulo marca presença no Dia da Literatura
Sobre o trabalho de pesquisa Donny Barros proferiu “O que mais me chamou a atenção no Núcleo “Falsa Modéstia” foi a vocação e o amor que tem seus integrantes pela história de nossa terra. Não sou historiador, apesar de almejar alcançar essa vocação. Mas, no momento, sou um curioso dos fatos de nossa Cidade Ternura. E esse foi o objetivo principal que me fez ingressar no Núcleo.” E acrescentou “Leonardo Carvalho, Pedro Couto, Fernanda Xavier, Rogério Vianna e Eu são hoje os “Falsa Modéstia” que abraçaram a causa de pesquisar a vida de nossos tatuianos, claro, que sempre há mais pessoas que nos apóiam, mas citar todas e esquecer de uma seria uma grande injustiça, então quero agradecer a todos que direta ou indiretamente apóia o trabalho de pesquisa do Falsa Modéstia.” – sobre seu papel no Núcleo disse: “Quando iniciei no “Falsa Modéstia” todos estavam trabalhando na adaptação das obras de Paulo Setúbal para a linguagem teatral, foi então que resolvi buscar outra personalidade, e, como surgiram nomes! Tatuí é um celeiro de filhos ilustres, e a batalha para encontrar um nome não foi muito difícil, pois logo de cara, me interessei pela vida de Chiquinha Rodrigues, me interessei a princípio, por ser ela, a primeira e única mulher a ocupar a cadeira do Executivo da cidade, sendo prefeita de 1945 a 1946.” E sobre a criação do dia Municipal da Literatura informou “Através dessa vontade em conhecer a única prefeita de Tatuí, buscamos informações sobre tão nobre personalidade, e, magnífico foi o momento quando em sua biografia nos deparamos com a Dona Chiquinha escritora, a escritora que nasceu num 04 de maio, mais precisamente há exatos 116 anos. Foi neste momento que apresentei minha primeira pesquisa sobre Chiquinha, naquele instante com apenas uma lauda de texto, que surgiu a coincidência do 04 de maio e foi a partir de então que surgiu o “Dia Municipal da Literatura Tatuiana”. Claro que foram necessárias horas e mais horas, cafés e mais cafés, para chegarmos a este momento, mas agora estamos aqui espalhando sementes dos frutos plantados por Chiquinha Rodrigues e Paulo Setúbal. E finalizou: “Para Paulo Setúbal, filho de Dona Mariquinha e de do Capitão Setúbal, os louros da Academia Brasileira de Letras, e para Chiquinha Rodrigues, a Chiquinha do Adauto e de Dona Mariquinha, o triunfo de uma Bandeira, da Bandeira Paulista de Alfabetização”. Ao término do discurso foi aplaudido com muito entusiasmo por todos os presentes.

Darlison Barros, o Contador de Histórias
Após o pronunciamento foram convidados Mônica Rodrigues Morato e Donny Barros para abrirem as portas do espaço de Exposição do Museu, onde foi instalada a Exposição “O Acadêmico e a Emérita”, com diversas edições das obras de Setúbal e os livros de Chiquinha Rodrigues, até aquele momento desconhecido da população tatuiana. Alunos da rede municipal de ensino que visitaram a exposição registraram: “Achei muito interessante essa visita, pois gostei de aprender sobre pessoas famosas que já fizeram a diferença na nossa cidade ou país. E fizeram a diferença!” – comentou Pedro. Já Victor escreveu: “Eu achei legal sobre a Chiquinha Rodrigues e o Paulo Setúbal (se referindo a Exposição) e a Palestra (se referendo a Contação de Historias) que teve foi muito legal.”

Elenco do espetáculo "Chiquinha Rodrigues. Re-Verso"
Os Educadores presentes ficaram encantados com as obras infantis de Chiquinha. “A Exposição é o resultado da pesquisa sobre Paulo Setúbal e Chiquinha Rodrigues, os produtores buscaram os trabalhos literários destes ilustres filhos tatuianos e dessa busca surge o idéia da exposição para apresentar aos tatuianos os trabalhos publicados. De Paulo Setúbal a coleção completa de suas obras publicada pela editora Saraiva nos anos 50, que leva o nome do autor, além de publicações anteriores da Editora Saraiva, e também das editoras Jabuti, Nacional e a mais recente publicação da Bellini Cultural. As obras de Chiquinha Rodrigues, apesar de vasta, foram as mais difíceis de serem encontradas, porém algumas obras fazem parte da exposição, que depois de muita busca Brasil afora, foram possíveis de fazer parte do acervo dos produtores do Projeto. Na Exposição, estarão para conhecimento dos tatuianos as obras Pelo Caboclo do Brasil; O Braço Estrangeiro; Confidências de Suzana; Antevisão de Jesuíta; São Paulo Dentro do Brasil e dos livros Infantis: História e Brincadeiras; Trajetória Luminosa; Dança das Flores. E para levar as obras raras de Chiquinha e Paulo, Leonardo Carvalho, produziu os banners para que cada visitante tenha conhecimento do conteúdo de cada obra.” – informou Rogério Vianna e Donny Barros curadores da Exposição “O Acadêmico e a Emérita” ficará aberta para visitação até o dia 20 de maio, no Museu Paulo Setúbal.

Fernanda Xavier no papel de Chiquinha Rodrigues
O Dia foi repleto de novidades para os munícipes da Cidade Ternura. O ator Darlison Barros presenteou Educadores e Alunos contando a história “As Imperatrizes do Brasil”; “Maria Leopoldina”; “Maria da Glória” e “Thereza Cristina” do livro “História e Brincadeiras” de Chiquinha Rodrigues.

Na casa do Acadêmico, sobrou emoção quando o Núcleo “Falsa Modéstia” estreou o espetáculo o espetáculo teatral “Chiquinha Rodrigues. Re-Verso – A Emerita Professora”. O público mareou os olhos com ao conhecer um pouco a trajetória de vida de Chiquinha Rodrigues que filha do professor Adauto Pereira encontrou na figura do pai o exemplo para escrever sua história na Alfabetização de nosso Brasil. A brilhante atuação da atriz Fernanda Xavier interpretando Dona Chiquinha Rodrigues, a Emérita, e de Beatriz Carvalho como a Chiquinha do Adauto, realizou uma verdadeira catarse no público que ainda puderam se encantar com Alba Mariela como Maria de Barros Pereira, Dona Mariquinha; Pedro Couto como Adauto Pereira, Rogério Vianna como Adolfo Rodrigues e Darlison Barros como o Inspetor de Escola Tio Lau. O espetáculo contou na Ficha Técnica com Donny Barros (produção e sonoplastia) e Leonardo Carvalho (Design Gráfico).

Darlison, Tio Lau; Pedro, Adauto e Beatriz, Chiquinha do Adauto
E para quem se emocionou com o espetáculo, ao sair do auditório, foi presenteado com as Músicas dos “Seresteiros com Ternura” que no Hall do Museu, num Sarau Musical, recepcionou quem saiu do espetáculo “Chiquinha Rodrigues. Re-Verso” e o público que chegava para a apresentação do espetáculo “Paulo Setúbal. Re-Verso” que teve no elenco: Rogério Iamaguchi (Paulo Setúbal, o Acadêmico); Rogério Vianna (Paulo Setúbal, o moço); Gabriel Monti (Paulo Setúbal, o menino); Fernanda Xavier (Dona Mariquinha); Pedro Couto (Seu Chico Pereira). Ficha Técnica: Cláudio Martins (direção); Donny Barros (produção); Leonardo Carvalho (Design Gráfico) e Lúcia Leite (Figurinos).

Alba, D. Mariquinha; Pedro, Adauto e Beatriz, Chiquinha
Depois de um dia todo de evento o paulistano Vicente Morato deixou-nos registrado o seguinte dizer “Começar é para muitos. Concluir para poucos. Pedras fundamentais há muitas enterradas por aí, escondidas e sem qualquer obra em cima delas. Vocês, Rogério Vianna Donny Barros e toda a equipe são dos poucos: começaram e chegam ao final com um trabalho profundo, uma pesquisa reveladora e uma apresentação de todos os “achados” impecável.” E conclui: “O que vocês apresentam a todos os tatuienses e outros, como nós paulistanos, é um polido, lapidado.” – aclamando assim o Dia Municipal da Literatura Tatuiana.

Às 22h00 de sexta-feira após 10 horas de evento enceraram-se as comemorações do “Dia Municipal da Literatura Tatuiana”

Viva a Literatura Tatuiana!!!
Fernanda Xavier, D. Chiquinha Rodrigues e Rogério Vianna, Adolfo Rodrigues

Um comentário:

  1. Foi um prazer participar desse evento. Talves não reconhecido por alguns, mas com certeza por muitos que virão. Sabemos que o evento não foi uma ação solitária, unica...Mas o principio de algo maior...nem que seja para os pequenos estudantes...para o futuro de uma nova geração...

    Somos uma gota no oceano...mas o oceano necessita de gotas para ser oceano...

    Abraço

    Leonardo Carvalho.

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