sábado, 19 de março de 2011

Ti Ti Ti por amor a teledramatugia



A teledramaturgia sempre foi fascinante para mim. Sempre me encantei com um dramaturgo que consegue durante 6, 7, 8, ou 9 meses envolver um público nas tramas de 30 ou 60 personagens que se movimentam diante uma grande história.

Já cheguei a pensar se realmente minha vida tem tantos personagens que conspiram contra ou a meu favor, mas desencanei, pois me perdi logo de cara no oitavo personagem, então resolvi assistir novelas, e olha que isso aconteceu na década de 80 onde as melhores dramaturgias afloravam com um simples comentário.

Nessa época ainda ao certo nem sabia quem eram Sílvio de Abreu, Cassiano Gabus Mendes, Glória Perez, na verdade Cassiano Gabus Mendes passei a admirar quando com espetos de churrasco, na época, brincava com cenas da novela QUE REI SOU EU?

Depois desse instante achei curioso o formato da teledramaturgia e resolvi investigar o que realmente é, e, o que realmente quer comunicar uma novela. E assim o fiz, e desde 1989 encantei-me com tal descoberta, descoberta essa que pra muitos é ignóbil, mas que me encantou e seduziu. A partir de então teledramaturgia foi meu foco e me formei em roteiro e produção de TV por esse motivo... até me formei ator, profissões que exerço até hoje.

Pois bem, tudo isso para expressar meu encantamento com o que aconteceu logo no início da segunda década do século XXI. Um remake, que já de cara tem tudo pra dar errado, mas Ele vem no final da primeira década e de repente se torna o maior sucesso de todos os tempos. Duas obras da teledramaturgia em uma, ou uma mulher (Maria Adelaide Amaral) que consegue inserir no público brasileiro momentos de reflexão e de diversão... Assim foi TI TI TI um clássico da teledramaturgia brasileira que historicamente consegue vencer a barreira do remake e se transforma numa obra de arte.

Posso considerar sim o remake de Maria Adelaide Amaral como uma obra de arte diante do que tenho conhecimento dela. Pois foi fabulosa a forma dada por Maria Adelaide Amaral, seus co-autores, Jorge Fernando e seus diretores, por toda a equipe técnica e o elenco que deu conta do recado muito bem.

Chega dessa especulação de Beijo Gay, agora sabemos como é uma relação homo e nada difere da relação hetero, quando se perde alguém que ama a alma se fere na mesma proporção, a dor é a mesma. Nunca na verdade alguém sabe qual lado é mais importante do bordado? É o avesso?! E daí? Pouco importa se a nuvem que passa deixa ou apaga as pegadas... a vida sempre vai continuar, assim foi a idéia explicitada na novela pela autora e os personagens sabiam disso, sabiam que um dia a trama terminaria e brincavam com isso: faziam disso a diversão do público, pois se o próximo remake será FERA RADICAL ou se Jaqueline Maldonado pode dançar seu ilariê ou se...

Se temos um saber... precisamos urgentemente entender que tudo pode mudar, inclusive as luminosidades dos nossos olhos.

Muito obrigado Maria Adelaide Amaral por esse feito!!!
Muito Obrigado Cassiano pelas Terapias holísticas realizadas em seus personagens...

Valeu TI TI TI...
Agora só o futuro deverá saber o quanto VALE A PENA VER DE NOVO!!!

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