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A
vida é um eterno aprendizado!
Há
algum tempo busco informações sobre nossa Tatuí
– Cidade Ternura, Terra do Doce Caseiro e Capital da Música. E por meio de
diversas pesquisas que venho realizando, juntamente com Donny Barros e toda a
equipe do Núcleo Experimental Cênico
“Falsa Modéstia”, uma verdadeira riqueza está cada vez mais nos incentivando.
São pessoas que contam histórias, jornais que acentuam nossa vida e ilustres
cidadãos que escrevem a história em prol de compartilhar com as futuras
gerações os tempos idos de nossa Tatuí.
Em
meio às tantas buscas que realizamos nos últimos 06, quase 07 anos, diversos
ilustres tatuianos foram aparecendo, alguns mais conhecidos e outros menos
conhecidos de nossa população, algumas vezes muito conhecido por nome, mas sem
conhecimento exato das ações que o ilustre realizou em vida. E, no decorrer desta
pesquisa um ilustre tatuiense tem muito aparecido, sempre com informações que
ora são curiosas e ora são emocionantes.
Hoje
estou dedicando este post a esse tatuiano, Renato
Ferreira de Camargo, autor de alguns livros que tive o prazer de apreciar e
que indico a todo tatuiano como: “Ilustres
Cidadãos”; “Memórias de Tatuí”,
“Tatuí – Capital da Música”, entre outros, (alguns desses livros foram
escritos juntamente com Christian Pereira de Camargo). Cito, agora, neste
momento, a importância de Renato, esse ilustre cidadão pela publicação de “Achegas para a História Tatuiense”.
Tamanha
surpresa aconteceu naquela tarde de quarta-feira, (29/08/2012) quando estando
no Sebo Paris de minha “Cidade Ternura” me deparei com esse livro. Livro que ao
adquirir sabia que seria valioso ao meu conhecimento, mas jamais imaginei que
me depararia com a história de nosso Teatro, da Origem do Teatro que surgiu em
1871 na Cidade Ternura.
Fiquei imensamente feliz com a cronologia histórica que o Teatro
tem em Tatuí. Todas
as informações abaixo estão publicadas, com grande riqueza de detalhes estão no
livro “Achegas para a História
Tatuiense” de Renato Ferreira de Camargo, lembrando que aqui somente está redigido um breve cronograma servindo de “deixa”
para quem sentir curiosidade em apreciar a obra de Renato.
O Teatro São João, o primeiro teatro de Tatuí, que depois passou a
ser chamado de Teatro Municipal,
situado na então Praça Cesário Mota (hoje Praça Manoel Guedes), construído pela
“Sociedade Recreio Dramático”. Porém,
em 1983 esse Teatro transformou-se em quartel e acabou sendo danificado. Depois
de longo tempo abre as portas para os amadores do grupo Teatro Dramático “João Caetano” (1900 – 1920);
Com a interdição do Teatro
danificado surge o “Teatrinho do
Rodrigo”, liderado por Rodrigo
Xavier;
O Grupo Dramático de Tatuí (1895) do qual fazia parte o ator Laudelino Correa de Morais, o “Lau
Corrêa”, excelente ator que mais tarde é homenageado por um novo Grupo de
Teatro;
Por acharem inoportuno reformarem o
velho teatro, o Teatro São João, surge
a ideia de construir um novo teatro, e foi o Cônego João Clímaco de Camargo quem faz a doação do terreno situado na
esquina da Rua Santa Cruz com a Rua José Bonifácio em frente a praça Martinho
Guedes (atualmente onde está situada a Praça de Alimentação. Ali permaneceu
o Teatrão em seus 35 anos de existência
(1918 – 1953) a mercê da vontade política. E Na década de 50, faltando
acabamento, o sonho não concretizado, deu no que deu, a picareta pós abaixo;
O Grêmio Dramático “Lau Corrêa” (1920 – 1930);
O “Conjunto de Amadores Tatuienses” – 1940, que foi criticado por
Tácito Mota;
João Padilha, uma grande expressão cultural de
Tatuí.
Grêmio Dramático “Operário”
(1940-1950), em
1956 um espetáculo é encenado em beneficio da campanha a confecção do busto do
saudoso Manoel Guedes.
Tatuí terá um Conservatório Dramático e Musical e na sessão de 25 de novembro de 1952, a Assembléia
Legislativa Estadual destina o “Prédio
do Teatrão” para ser sede do Conservatório e para adaptar o prédio
engenheiros designados para estudar a adaptação julgaram inapropriada a ação,
pois a obra só serviria mesmo para aquilo que fora inicialmente designada: uma
casa de arte. E assim o “Teatrão” veio abaixo e nada ali foi construído,
ficando o terreno por muitos anos abandonado. O Conservatório alugou
provisoriamente o casarão da família Coronel Thomaz Guedes, na Rua José
Bonifácio.
O Instituto de Educação Barão do Suruí que já em 1950 tinha alunos
amadores em espetáculos beneficentes no Município, mais tarde a E.E.P.S.G. “Barão do Suruí” volta ao
cenário teatral com montagens de espetáculos realizadas pelos alunos, algumas
inclusive participando do FETESP do Conservatório de Tatuí.
O Grêmio Dramático Tatuiense, de 15 de maio de 1950 que em 18 anos de
existência tinha em seu histórico a montagem de mais de 50 espetáculos, sendo
que três deles foram apresentadas no III Festival de Teatro Amador realizado em
Sorocaba.
Benedito Valário, Joaquim
Sotero e Benedito Rodrigues Filho (1950 – 1960)
Edicleia Salles Adub
(1960-1970) –. Neste
cenário dois nomes são destaques: Maria
Célia Camargo, atriz de telenovelas da extinta TV Tupí e Vera Holtz, importante atriz do cenário
teatral e televiso brasileiro. (currículos
das atrizes ao final desse post)
“Grupo Teatral Novas
Tendências” do
Conservatório de Tatuí (1986) – formado por Antônio Mendes e Carlos Ribeiro
Festival Estudantil de
Teatro do Estado de São Paulo – FETESP do Conservatório de Tatuí
O texto que segue abaixo se encontra nas páginas
55/56 do livro “Achegas...”
Revivência
do Teatro
Foi
o título que o prof. Walter Silveira da Mota, ilustre filosofo tatuiense
escolheu para seu artigo no “Progresso”, de 19 de março de 1978
Tatuí
não é só a capital da música. Quer ser também a capital do teatro.
Como
efeito, a terra de Paulo Setúbal, desde o passado, foi apreciadora de bom
teatro. Aqui existiu o afamado grêmio teatral “Lau Corrêa, além de muitos
outros grupos dedicados à arte dramática.
Em
Tatuí, foi construído, talvez, o primeiro teatro municipal do interior paulista
que, infelizmente, depois de muitos anos foi demolido, não tendo sido
inaugurado.
No
momento, além das primeiras iniciativas do Conservatório Dramático e Musical
“Dr. Carlos de Campos”, surgiu em janeiro deste ano o “Grupo de Teatro Amador
Sombra”, que pretende reviver glórias do passado.
Esse
grupo foi organizado pela jovem tatuiana Edicleia Salles Adub, uma grande
vocação para o teatro, que já tem revelado pronunciadas qualidades artísticas,
através das personagens por ela interpretadas.
Por
enquanto o grupo é formado de dez elementos.
Já
se iniciaram os trabalhos para a montagem de um novo espetáculo, cuja peça é a
comédia o “Santo Milagroso”, de Lauro César Muniz.
Trata-se
de uma peça leve e de muito humor, bem ao gosto do público tatuiense da
atualidade.
Para
o segundo semestre deste ano, outro texto brasileiro será escolhido, pois o
grêmio “sombra” vai reviver, na terra de Alberto Seabra, o bom teatro que Tatuí
já teve em outras épocas.
As informações que segue não constam no livro
“Achegas...”
Grupos
atuantes em Tatuí no ano de 2012:
Grupo Totem de Rivaldo Nogueira, em atividade
desde 1993;
Núcleo Experimental
Cênico “Falsa Modéstia” (fundado em 30/10/2005) e que tem como membros: Pedro Couto, Rogério
Vianna, Donny Barros, Fernanda Xavier, Leonardo Carvalho, Beatriz Xavier de
Carvalho, Alba Mariela, Rogério Iamaguchi e como atores convidados: Fernanda
Mendes, Letícia Barros, Carlos Alberto Agostinho, Dado Barros, Gabriel Monti,
Arthur Falcão;
Cia de Teatro do Conservatório de
Tatuí
- 2009 - (anteriormente Grupo Teatral “Novas Tendências”) sob coordenação de Carlos
Ribeiro e com o seguinte corpo de atores: Adriana Afonso, Carlos Doles, Carlos
Ribeiro, Dalila Ribeiro, Daniele Silva, Fernanda Mendes, Hugo Muneratto, Marcos
Caresia, Rogério Vianna e os alunos bolsistas: Camila Vieira, Gabriel Tonin,
Leonardo Thin, Lucas Fernandes; Mabliane Jacob, Nathalie, Abreu, Thais Almeida
e William Priante.
Grupo Arteemq que surgiu em fevereiro de 2011 com
o curta metragem “O Diabo de Macário”, inspirado na obra “Macário” de Alvarez
de Azevedo. Durante o início ainda produziu outros dois curtas: “Matheusa e
Matheus”, inspirado na obra de Qorpo Santo, e “Morra, Beatriz!”, inspirado na
obra “A Morta” de Oswald de Andrade. Sua primeira aparição no teatro foi com a
intervenção/cena “La vie Boheme”, recorte do famoso musical da Broadway “Rent”.
Em 2012 estreiam “Johny e Duda” de Gabriel Tonin, e “O Metamorfético” de
Francisco Tasta, que continua em cartaz pela região. Atualmente estão em produção
com o espetáculo “Benzedrino e Magnólio e a Sopa de Pedra”, adaptado do texto
de Tatiana Belinky, e “O Homem de Duas Mulheres e o Misterioso Caso de sua
Morte” de Gabriel Tonin.
Núcleo de Pesquisas Teatrais “1º
Andar” (criado
recentemente) que tem o seguinte corpo de atores: Ana Paula Arruda, Ângela
Huggler, Antônio Huggler e Dado Barros
Currículo das Atrizes que brilham no cenário
televisivo
MARIA
CÉLIA CAMARGO
Foto Divulgação-Novela Ti-Ti-Ti- TV Globo |
Nasceu em Itapetininga, cresceu em Tatuí, onde iniciou no teatro
amador, e se mudou para a capital. Uma vez na capital, estudou teatro com Ruggero Jacobbi. Em 1954 começou
a atuar no palco, e continuou a participar do TBC (Teatro Brasileiro de
Comédia), em peças de grande importância.
Começou sua trajetória profissional aos 19 anos, no teatro. A
primeira peça em que atuou foi “Filha de Iório”, de Gabriele D´Annunzio. Nela,
dividiu o palco com nomes como Sérgio Cardoso e Cacilda Becker. “
Formou-se
em Direito, pela Faculdade Mackenzie, mas voltou-se para a televisão e fez o
“Teleteatro Brastemp”, na TV Excelsior.
Foi então
contratada pela TV Tupi e fez “TVs de Vanguarda”, que o principal
programa da época e 'varias novelas, entre as quais: “Alma Cigana”, “O
Sorriso de Helena”, “A Ré Misteriosa”. “Meu Filho, Minha Vida”, “O Homem que
Sonhava Colorido”, e outras. Participou também dos “TVs de Comédia”, programa
mais leve dirigido por Geraldo Vietri.
Em 1965
foi para a Companhia Nydia Licia e nos dez anos seguintes foi produtora teatral
e atriz. Fez a super produção “Jesus Cristo Superstar”, peça na
qual fez o papel de Maria Madalena. Depois ainda voltou à TV Tupi e em
1977 participou da novela “Éramos Seis”. Por último fez “O Direito de Vencer”,
na TV Record.
Voltou à
televisão em 2006, na novela “Cristal”, do SBT. Fez também “Maria Esperança”
(2007). No ano seguinte, em 2008, participou do projeto "Câmera
Café", também do SBT, que eram pequenas esquetes bem humoradas, exibidas
ao longo da programação.
Entre 2010 e 2011, estreou na Rede Globo no remake
da novela "Ti ti ti", onde interpretou Dona Mocinha.
Maria
Célia é viúva do ator Altair Lima. E tem filhos. Mulher muito inteligente e
educada, sua presença sempre é marcada por essas virtudes.
Foto Divulgação - Novela Avenida Brasil - Rede Globo |
Vera Holtz, nasceu em Tatuí, em 7 de
agosto de 1952. Formou-se em Artes Plásticas e
Desenho Geométrico. Já desde os 18 anos dava aulas de matemática para suas
colegas de escola e se salientava por ser muito inteligente. Mas era também
muito bonita, tanto que chegou a ser " Miss Tatuí", em 1977. Depois
transferiu-se para a capital, e , para se sustentar, conseguiu emprego no
Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo-IPT, que a
transferiu depois para o Rio de Janeiro. Nessa cidade, além do trabalho, Vera
estudou piano e arte dramática.
A carreira artística começou no
teatro, em 1979, na peça de Oduvaldo Vianna Filho: " Rasga Coração".
Depois ela entrou para o " Grupo Tapa" e fez: " O Anel e a
Rosa", em 81. Fez: " Tempo Quente na Floresta Azul", em em 83.
" Caiu o Ministério", em 85; " Dias felizes", em 2001
e " Não Ficamos Muito Bem Juntos",em 2002. Seu maior sucesso, porém, foi em
"Pérola", de Mauro Biasi, em que fazia o papel título.
Em televisão, Vera Holtz
entrou e está até hoje na Rede Globo de Televisão, onde ela começou em 1983, na
novela: “Parabéns Pra Você". Em 89, fez: "Que Rei Sou Eu"
e "Top Model". Em 90, fez: " Desejo" e "Barriga de
Aluguel".Em 91, fez: " Vamp". Em 92: " De Corpo e
Alma". Em 95: " A Próxima Vítima". Em 96: " O Fim do
Mundo". Em 97: " Por Amor". Em 99, fez a minissérie: "
Chiquinha Gonzaga". Em 2000, minissérie: "A Muralha" e a novela:
"Uga-Uga". Em 2001, minissérie: "Presença de Anita". Em
2002, fez a novela: " Desejos de Mulher". Em 2003, fez
maravilhosamente uma alcoólatra, em: “Mulheres Apaixonadas". Em 2004:
"Cabocla". Em 2005, o seriado: “Carga Pesada" e a novela:
"Belíssima". Em 2006: "O Profeta". Em 2007: " Paraíso
Tropical". Em 2008: " Três Irmãs". E em 2010,
"Passione". Atualmente é a “Mãe Lucinda da novela “Avenida Brasil”
Em cinema, Vera Holtz já participou
de 14 filmes, sendo quatro curtametragens, como: " Meu Nome é João";
"Diário Noturno";" Vicente" e " Nos Tempos do
Cinematógrafo". E os demais são filmes de longa metragem. Em 1991, fez:
" Assim Na Tela Como No Céu". Em 93: " Capitalismo
Selvagem". Em 94:" Mil e Uma". Em 95: " Carlota Joaquina,
Princesa do Brazil". Em 2000: " Tônica Dominante". Em 2003:
" Apolônio Brasil, Campeão da Alegria". Em 2005: " Bendito
Fruto".Em 2006: " O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili" e
" Anjos do Sol".
Vera
Holtz é considerada uma das maiores atrizes, pois é criativa e muito
carismática.
Currículos do site http://www.museudatv.com.br
Camargo, Renato Ferreira de, “Achegas para a História Tatuiense” – 1ª edição, setembro de 2000
Como seu maior fã não posso deixar de parabenizar essas descobertas maravilhosas que faz de nossa Tatuí. Como sabe não sou nascido em Tatuí, mas sou filho adotivo porque realmente ela me acolheu no meio de sua cultura aflorada e enraizada em toda cidade. Parabéns meu amigo! Cada postagem se torna cada vez melhor e quem sabe não possa lhe render um livro? Pense nisso... Estou com você no que precisar...
ResponderExcluirParabéns mais uma vez pelo empenho em destacar as qualidades artísticas de Tatuí. Fantástico trabalho do Renato que merecia muito mais reconhecimento por parte de nossa população e administradores. Parabéns !!!
ResponderExcluirQual prefeito demoliu o teatrão?
ResponderExcluiracho que vc não vao conseguir uma resposta em um post de 2012
ExcluirDoi o coraçao cada vez que vejo uma foto do teatrao, derrubado pela ignorancia politica. .Tinhamos o terreno abandonado, e estavamos na terra das ceramicas ,poderiamos reconstruir, com certeza existe as plantas em algum lugar , mas que pena nao houve vontade . e hoje temos uma praça de alimentaçao ,foi o que restou para a juventude de Tatui, que pena.
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